Os médicos de Alagoas não devem suspender atendimentos nesta terça-feira, dia de mobilização nacional contra as más condições de trabalho e de assistência oferecidas na rede pública de saúde. Isso porque o Estado já enfrenta a greve dos profissionais que atuam no Programa de Saúde de Família (PSF) há mais de vinte dias.
“O movimento é valido, porque busca investimentos em saúde, mas em Alagoas isso não deve acontecer porque já estamos com serviços paralisados”, declarou Wellington Galvão, presidente do sindicato dos médicos. De acordo com Galvão, suspender atendimento nos ambulatórios e Hospital Geral iria penalizar ainda mais a população.
Nesta segunda-feira, os médicos voltam a se reunir para mais uma assembleia que deve decidir os rumos da greve que foi deflagrada após recomendação do Ministério Público Federal (MPF) sobre cumprimento da jornada de trabalho dos médicos nos municípios alagoanos de 40 horas de carga horária.
O movimento coordenado pela Comissão Pró-SUS, composta por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – quer chamar a atenção das autoridades e da população para os problemas que afetam o setor e que comprometem a qualidade do atendimento oferecido. A previsão é que se tenha a adesão de pelo menos metade dos 195 mil médicos que trabalham no SUS.
Em diversos estados foram confirmadas suspensões dos atendimentos eletivos (consultas, exames e outros procedimentos) durante esta terça-feira.