Uma médica do Programa Saúde da Família que atua no município de Coruripe usou as redes sociais nesta terça-feira, 09 de janeiro, para denunciar o descaso com a saúde pública na cidade onde presta seus serviços, revelando uma realidade diferente daquela que é propagada pelo governo municipal.
Em tom de revolta, a Dra. Mônica Amélia Medeiros iniciou seu desabafo, afirmando que uma paciente saiu do posto de saúde em que ela estava atendendo bastante exaltada, destratando os profissionais que trabalham no local por não conseguir realizar um procedimento recomendado pela Unidade de Pronto Atendimento do Município.
“Uma mulher saiu agora daqui esculhambando a médica do posto, dizendo que nunca mais vinha aqui, após ser encaminhada pela UPA para fazer uma lavagem no ouvido. Só que, detalhe: nesse postinho, como em todos os outros que eu trabalhei, não existe otoscópio, e a Secretaria de Saúde sabe disso, não é de hoje”, declarou a médica.
Ainda em seus stories no Instagram, a Dra. Mônica Amélia explicou que para realizar uma lavagem no ouvido é preciso dispor desse aparelho e cobrou da Secretaria Municipal de Saúde um posicionamento sobre o caso para que o problema seja resolvido no município. “O médico é quem paga o pato! Nós, os profissionais de Saúde, é que somos chacoteados. Jogam o nosso nome na lama sem que a gente tenha culpa”, complementou.
A médica lamentou também o fato de não conseguir interagir com a Secretaria de Saúde do município e nem com o prefeito Marcelo Beltrão, pois foi bloqueada nas redes sociais, ação adotada, segundo ela, pelo fato de não quererem ouvir as coisas erradas que acontecem no município de Coruripe.
“Nós vemos uma placa bem grande lá: exames zerados. Oi? Eu tenho pacientes que estão há mais de um ano aguardando exames aqui em Coruripe. Então, eu gostaria de saber onde é que estão zerados. Mil coisas que a gente vê elogiando, mas não é bem assim. Por isso, eu estou bloqueada e não posso marcar os que deveriam estar cientes dessa situação”, complementou, enfatizando que o médico do posto não tem culpa pela falta de material, que deve ser providenciado pela Secretaria de Saúde.
Também nas redes sociais, a médica recebeu apoio de muita gente e publicou algumas das mensagens recebidas, confira:
Veja o vídeo: