No primeiro trimestre de 2023, foi registrado um crescimento no atendimento a pacientes na maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), referência em casos de alto risco. Em comparação ao mesmo período de 2022, observa-se o registro de 160 atendimentos a mais em 2023, elevando de 3.577 acolhimentos em 2022 para 3.737 em 2023.
Uma das razões para esse crescente número de atendimentos é o fato de a unidade ser porta aberta e não recusar atendimento a nenhuma mulher, mesmo que a gestação seja de risco habitual. Um exemplo foi a paciente Ana Caroline Gomes, de 27 anos, que teve uma intercorrência durante o trabalho de parto de sua primeira gestação na rede particular e foi encaminhada para a MNSL.
“Com 39 semanas, iniciei o meu trabalho de parto e fui ao hospital particular, e chegando lá foi verificado que eu estava com hipertensão. Fiquei o dia todo no hospital aguardando a pressão estabilizar. Então, depois de esperar horas por uma ambulância adequada para o meu caso, fui transferida para a MNSL. Eu estava bastante estressada e cansada, mas fui bem acolhida no pronto-socorro da maternidade. Fiz o tratamento para estabilizar a pressão e continuar o trabalho de parto”, relatou a paciente, mãe da pequena Ana Liz.
De acordo com a gerente da Admissão do Pronto-Socorro da MNSL, Magda Dória, é comum que os pacientes transferidos da rede particular cheguem mais apreensivos. “Quando chegam aqui ficam surpresas com o nosso atendimento, pois nós seguimos os protocolos, principalmente o de humanização. A nossa maternidade é a única de referência em partos de alto risco e temos uma equipe bastante capacitada”, ressaltou.
A paciente ainda contou que a maternidade deu toda a assistência com orientações sobre amamentação. “As pessoas aqui são muito competentes. Achei as equipes bem conectadas, com uma boa comunicação entre si, além de serem muito atenciosas. Deram toda a assistência, até na questão de fraldas e materiais de higiene. Além disso, a nutricionista fez uma dieta para mim, pois tenho intolerância à lactose e gastrite crônica”, enfatizou Ana Caroline Gomes.