
Mascotes receberam as chaves da cidade
Os mascotes olímpico e paraolímpico, novos embaixadores do Rio de Janeiro, foram apresentados oficialmente pelo Comitê Rio 2016, em sua primeira aparição pública. No evento, foram explicados os processos de criação e as inspirações dos novos símbolos do Rio de Janeiro que, como novos cidadãos cariocas, receberam as chaves da cidade das mãos do prefeito.
Os personagens ícones dos Jogos foram inspirados na fauna e flora brasileiras e, para garantir o caráter nacional e estimular a produção no País, o Comitê Rio 2016 optou por realizar todo o processo dentro do Brasil com artistas genuinamente brasileiros. “Queríamos que tudo fosse feito no Brasil. Quando resolvemos criar estes mascotes desejávamos personagens com linguagem de animação e que inspirassem as crianças”, afirmou Beth Lula, diretora de Marca do Comitê.
O processo de criação e escolha dos mascotes durou 15 meses e 14 projetos foram apresentados. A agência vencedora, Birdo, recebeu a notícia em agosto com o dever de, até o lançamento, manter o sigilo dos personagens. “O processo deu muito trabalho. Discutimos com a equipe várias ideias que poderiam representar os Jogos, o Brasil e o Rio. No fim, achamos que misturar animais e plantas poderia ser um conceito interessante, que tinha relação com a união e a diversidade”, explicou Paulo Muppet, sócio da agência.
Uma das preocupações no desenvolvimento foram os pictogramas. Tanto o mascote olímpico quanto o paraolímpico aparecem praticando cada um dos esportes que serão disputados em 2016. “Para cada esporte nós contamos com um consultor especializado. Diziam a posição das pernas e dos equipamentos, por exemplo. Tivemos muito cuidado para que tudo fosse bem representado”, disse Muppet.
O fundador do Festival Anima Mundi, Cesar Coelho, expert na criação de personagens de animação, participou do processo de escolha dos mascotes pelo Comitê. Ele destacou a oportunidade dada aos talentos brasileiros. “A proposta de criar personagens com grande exposição na mídia mundial foi mais do que um desafio. Foi uma oportunidade única para os nossos artistas confirmarem seu talento em escala global”, afirmou.
Segundo Beth Lula, as crianças tiveram um papel fundamental na escolha dos mascotes. “Foram 14 propostas criativas apresentadas. Destas, apresentamos três para um grupo de crianças de 6 a 12 anos. Uma delas não foi bem aceita e resolvemos retirar. As duas restantes foram apresentadas à comissão julgadora que escolheu os mascotes que apresentamos hoje”, explicou a diretora.
Missão inspirar
Os mascotes têm o papel de disseminar as mensagens e os valores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos a todos os públicos, mas, em especial, o infanto-juvenil. “A missão do mascote olímpico é contagiar o mundo com a nossa alegria e celebrar a amizade por meio do esporte. Já o mascote paraolímpico deve inspirar as pessoas a usarem a criatividade e a determinação para superar seus limites”, detalhou Beth Lula.
Para Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil, a representatividade dos personagens atendem e atingem a diversidade característica brasileira. “É uma felicidade grande poder atender e atingir a diversidade da flora e da fauna brasileiras. Esta ação de diversidade entra para a história e, com certeza, irá tocar a população brasileira e o mundo inteiro, mas mais ainda as crianças”, afirmou.
Já o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, chamou atenção para a diversidade apresentada no mascote. “A diversidade não é uma opção, mas o único caminho para que possamos conviver em paz. A tolerância e o respeito às diferenças falam muito alto. O nosso mascote representa isso: a diversidade”, disse Andrew, que acredita que estes serão os mascotes que mais vão cativar o mundo em todas as edições dos Jogos.
Mascotes recebem a chave do Rio
Além de dar as boas-vindas oficiais aos mascotes, o prefeito Eduardo Paes entregou as chaves da cidade para os novos cidadãos cariocas. “Eles são a cara do Brasil, pois eles não são uma mistura somente do Rio, mas do País inteiro”, disse Paes.
O prefeito afirmou, ainda, que os mascotes devem servir como inspiração permanente e representar os valores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. “Os mascotes devem ser uma inspiração permanente porque fazem parte do nosso legado. As Olimpíadas servem para inspirar, para estimular, e sem dúvida estes mascotes vão ganhar a alma e o coração dos cariocas, dos brasileiros e do mundo inteiro. Irão inspirar as crianças e os jovens brasileiros”, comentou.