A pré-candidata à Presidência da República Marina Silva disse neste domingo (11), durante a pré-convenção do Partido Verde (PV), que sua candidatura vai debater propostas para o Brasil, sem fazer “apologia do medo”. Medo, segundo ela, criado por quem pretende dividir ou entregar o Brasil.
“Os brasileiros venceram o medo. E eu espero que, depois de tanta luta de democracia, a gente não faça agora, nessas eleições de 2010, a apologia do medo. Não podemos mais e não precisamos mais ter medo”, disse Marina.
Voltando a dizer que o Brasil não precisa de “gerentões”, mas de uma visão estratégica, Marina afirmou que o PV não pretende centrar seu discurso na figura de um único candidato.
“Não se deve ter uma relação, na democracia, de pessoas com biografias tão respeitáveis, como se fôssemos inimigos”, afirmou. “O debate não é em torno de Lula, da Dilma, do Serra e do Ciro. O debate tem que ser feito em torno do Brasil, dos desafios do Brasil.”
A pré-candidata, que hoje usou muito a expressão “união”, também negou que seu discurso esteja alinhado ao do PSDB.
“Essa é a linha mestra do meu discurso, sempre. Desde o início, quem colocou que o Brasil deveria discutir propostas e não fazer embate foi a nossa candidatura”, afirmou. E acrescentou que o PV não pretende fazer plebiscito entre o passado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ou mesmo discutir currículos.
“Isso não é visão estratégica de país”, afirmou Marina, ressaltando que o PV pretende fazer um processo político.
Como propostas de governo, Marina destacou temas como a educação, segurança e sustentabilidade.
“A melhor forma de nos unirmos é em torno das propostas que nos levam para novos desafios: o de uma economia de baixo carbono, de segurança para que os brasileiros não se sintam presos em suas próprias casas e de uma educação de qualidade, não apenas como um direito, mas como a principal alavancadora de desenvolvimento econômico e social”, destacou.
Durante a pré-convenção, o PV apresentou seus pré-candidatos ao governo de São Paulo, Fábio Feldman, e ao Senado, Ricardo Young.