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Negócios/Economia

Mantega prevê para 2012 mais investimentos, e controle de gastos

Os níveis de investimento em 2012 devem ultrapassar o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), previu o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele destacou que o governo tem vários programas de investimentos e recursos que permitirão impulsionar o investimento no ano que vem. O ministro projeta aumento da taxa de investimento para 21% a 21,5% em 2012, para chegar ao final de 2014 próxima a 24%. Mantega fez ontem (22) um balanço da economia em 2011.

O ministro lembrou que a indústria tem sido o setor mais afetado pela crise econômica mundial, mas destacou que o governo está atento e que medidas adotadas este ano, como as do Programa Brasil Maior, as desonerações e as ações de defesa comercial, como a elevação dos impostos sobre alguns produtos importados, como automóveis, irão ajudar o setor.

Sobre o controle dos gastos públicos, o ministro destacou que tem recebido a colaboração dos outros Poderes (Judiciário e Legislativo) para manter as contas dentro dos limites estabelecidos. “O Congresso Nacional não votou leis que pudessem complicar os gastos. Nós temos uma maturidade política no Brasil”, disse.

Segundo Mantega, esse tipo de compromisso não se repete, por exemplo, no Congresso dos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama tem encontrado dificuldades para aprovar o Orçamento do ano que vem. O mesmo acontece na Europa, onde os países em crise também têm dificuldade para aprovar cortes e mecanismos de controle de gastos. “Aqui, o Legislativo mostrou maturidade e aprovou grandes projetos importantes para o Brasil. Do ponto de vista Legislativo, foi um ano muito bom, com a aprovação de projetos para melhorar as contas públicas brasileiras”.

O ministro disse ainda que, embora 2012 seja ano eleitoral, as pressões por mais gastos são normais e fazem parte do processo democrático, de interesses setoriais e regionais. De acordo com Mantega, os parlamentares brasileiros têm consciência de que a crise internacional é grave e que o Brasil se destaca no cenário internacional pela solidez fiscal, com controle dos gastos públicos. “Nós temos que preservar essa solidez. Esse pensamento foi absorvido pelo Parlamento e pela sociedade, que compreendem isso”.