Mano Menezes disse que paciência do torcedor terá limite
O treinador da seleção brasileira, Mano Menezes, confirmou na noite desta segunda-feira, que a convocação para o amistoso contra os Estados Unidos é prova inconteste, de que o seu trabalho visa renovar o time para a Copa de 2014. A partida contra os norte-americanos está marcado para a próxima terça-feira, em Nova Jersey.
“Era importante que o ponto inicial deste trabalho trouxesse mais jogadores jovens e mais atletas que atuam no Brasil. Mostra que muitos ainda tem chance de chegar a seleção”, disse o técnico, em entrevista ao programa “Bem, amigos!”, do canal Sportv. “Não quero que o jogar entenda que é preciso estar atuando na Europa para poder ser convocado para a seleção.”
Com essa filosofia de ‘renovação’, Mano avisa que a seleção deverá viver bons e maus momentos nos primeiros jogos. “É natural que se tenha uma oscilação nesta renovação. Mas o Brasil tem o seu jeito de jogar e é preciso voltar a impor mais o seu estilo.”
Convocando cinco jogadores do Santos na lista dos 24, Mano voltou a dar uma dica de como será o estilo de jogo da seleção. “Acho que o Santos jogou o melhor futebol do primeiro semestre e por isto coloquei o time como base da escalação, pelo menos no jeito de jogar.”
Tática
Sobre o esquema de jogo que será usado, Mano deixou claro que irá usar uma armação ofensiva, com dois zagueiros e dois laterais, mas com variação do meio para frente. Nada de três zagueiros. “Não gosto. Você obriga os laterais a jogar muito à frente, tendo a obrigação de voltar para marcar. É muito desgaste. No Brasil acho que não temos esta necessidade. Temos jogadores para fazer cada um a sua função.”
“Gostei do jeito como a Alemanha e a Espanha jogaram a Copa, com três meias e um ou dois deles jogando como atacante. Temos condição de também jogar assim na seleção”, disse o treinador.
“Depois de tanto tempo sem ganhar uma Copa, já dizia o Parreira [Carlos Alberto, ex-técnico da seleção], era preciso mudar o estilo de jogo para voltar a vencer, depois de 24 anos. Ganhamos em 94, em 2002 e os outros passaram a nos copiar novamente. Agora é preciso recuperar o protagonismo e reinventar o jeito brasileiro de jogar”