O 1º Tribunal do Júri julga nesta terça-feira (23), a partir das 12h, o policial militar Jairo Sebastião Dantas, o ex-PM, Edilson José Correia do Nascimento e o comerciante José Alexandre Pereira Clemente pelo assassinato do empresário José Maria dos Santos, o “Araújo”, ocorrido em fevereiro de 2006, em Maceió. O fotógrafo José Carlos de Almeida Santos, um dos mentores intelectuais do crime, também será julgada, mas a revelia já que ele está foragido desde o assassinato. O promotor escalado para o julgamento é Magno Alexandre Moura. Ele já conseguiu a condenação de outros acusados no caso por homicídio triplamente qualificado.
A morte foi encomendada por Maria José dos Santos, a Nena, que vivia maritalmente com o empresário José Maria dos Santos, mas era amante do fotógrafo. Ela já foi julgada no ano passado e condenada a 31 anos de reclusão (regime fechado). Mais quatro envolvidos no crime já foram julgados. Marcelo da Silva Correia foi condenado a 24 anos de reclusão. Luiz Aquino pegou 33 anos por ter participado diretamente do homicídio. Maciel Gomes da Silva foi condenado a 3 anos de reclusão, por receptação de objeto roubado. Ele comprou o carro da vítima, a Jário e Luiz Aquino, por R$ 500. E o policial militar Antonio Rita da Silva foi absolvido.
Segundo o promotor de Justiça Magno Alexandre Moura, o crime foi uma trama ardilosa para que Nena e seu amante ficassem com todos os bens da vítima – ela inclusive participou das buscas ao corpo do empresário sempre chorando copiosamente. No crime, Araújo foi dopado e morto por asfixia, com um fio de telefone. O corpo só foi achado depois de 41 dias após ter sido jogado em um matagal nas proximidades da cidade de Satuba.
Por este ser um caso emblemático, em todos os julgamentos o auditório ficou lotado de amigos, parentes e operadores do direito. Inclusive, no ano passado, o município de Murici, terra natal do empresário, prestou uma homenagem à José Maria dos Santos, batizando uma das ruas com seu nome. Durante o evento, foi destacado o exemplo de cidadão que Araújo foi enquanto em vida.