Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios de Sergipe. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em cidades sergipanas que participam do programa aponta crescimento de 40% no número de consultas realizadas nas unidades básicas de saúde. Em janeiro de 2014, foram contabilizadas 103.348 consultas no estado contra 73.824 no mesmo período do ano anterior, quando a população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos.
Por meio do Programa, o estado de Sergipe ampliou em 148 o número de médicos atuando na atenção básica de 47 municípios. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente, o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de 518 mil sergipanos.
Os impactos do Programa no estado foram apresentados pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Aracaju, durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros. “Os primeiros resultados dos indicadores de saúde dos municípios atendidos no estado mostram que a presença dos profissionais do Mais Médicos está mudando a qualidade de vida da população. O programa está trazendo melhorias à qualidade do atendimento e ampliando o acesso, com mais gente sendo atendida”, destacou o ministro.
O evento reuniu prefeitos e secretários de saúde dos municípios sergipanos. Esse é um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa servirão de base para essa discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.
MAIS ASSISTÊNCIA – No estado de Sergipe, além do crescimento de 40% no número de consultas, observou-se aumento de 10,8% na quantidade de atendimentos de pré-natal (passaram de 9.319 para 10.326, no mesmo período), de 39,7% no atendimento em saúde mental (3.200 para 4.470), de 34,3% no número de consultas de demanda imediata (19.075 para 25.625), 36,7% no número de consultas agendadas (37.181 para 50.834) e 59,2% nas consultas de cuidado continuado (12.919 para 20.569).
Também foi registrado crescimento de 17,2% no atendimento de urgência na atenção básica, que passou de 1.016 atendimentos em janeiro de 2013 para 1.191 em janeiro deste ano, 16,4% no atendimento a pacientes com diabetes (de 12.197 para 14.202), 11,5% no atendimento a hipertensos (de 28.825 para 32.150), 53,4% a usuários de álcool (de 305 para 468) e 49,2% no atendimento a usuários de drogas (de 128 para 191).
Em todo o país, o número geral de consultas realizadas na atenção básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos, teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% – passou de 587.535, em janeiro de 2013 para 849.751 em janeiro de 2014. Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5% no mesmo período, e as consultas de pré-natal em 11%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.
O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente, mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.
MAIS MÉDICOS – Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.
Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica.
