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Alagoas

Mais de 300 alagoanos são atendidos em Mutirão de Triagem para Cirurgia da Mão


Durante o Mutirão para Triagem de Cirurgia de Mão realizado, nesta sexta-feira (11), no Hospital da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), em Maceió, foram atendidas 305 pessoas. A ação, que também ocorreu na quinta-feira (10), em Arapiraca, é realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM).

De acordo com o cirurgião do Hospital Geral do Estado (HGE), Givaldo Trindade Rios, cerca de 100 alagoanos foram examinados no mesmo mutirão que aconteceu na quinta-feira, 10, no Hospital Chama, em Arapiraca.

“Esse é o primeiro mutirão feito em Alagoas e será através dele que o Ministério da Saúde saberá quantas pessoas no estado têm necessidade de realizar algum procedimento cirúrgico na mão e assim elaborar políticas públicas que contemplem essa parcela da população”, explicou o cirurgião.

Dentre os principais casos atendidos pelos cirurgiões estão os traumáticos, que envolvem fraturas graves, lesões, queimaduras, ferimentos causados por ama de fogo e branca, acidentes domésticos e de trabalho.

“Nesse primeiro momento, nós estamos examinando as pessoas e realizando um cadastro. Posteriormente faremos o contato e, se necessário, marcaremos as cirurgias, que acontecerão no HGE e no Hospital Chama, em Arapiraca”, informou Givaldo Rios.

De acordo com a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, o Mutirão de Cirurgia da Mão representa mais uma ação da atual gestão da Sesau para reduzir a demanda reprimida no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Estamos trabalhando sério para priorizar as ações que efetivamente resolvam as maiores deficiências dos alagoanos na área da saúde, uma determinação do governador Renan Filho”, pontuou.

Beneficiados – Thaynan Peixoto do Nascimento, de 25 anos, foi um dos alagoanos atendidos durante o Mutirão. Em outubro do ano passado, ele sofreu um acidente de moto em Maceió, foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao HGE, onde teve sua saúde restabelecida, mas vive com sequelas do acidente.

“Meu objetivo é voltar com 70% dos movimentos e diminuir as dores que por vezes me impedem de dormir”, lamentou o jovem Thaynan Peixoto.

Outra assistida pelos médicos foi Ana Beatriz de Oliveira, de 13 anos. Ela nasceu com artrogripose, uma doença congênita rara que se caracteriza por múltiplas contraturas articulares, que pode incluir fraqueza muscular e fibrose.

“Desde pequena ela faz cirurgia para ter uma qualidade de vida melhor. Porém, nós tivemos que ir à Recife [PE] para que o tratamento fosse feito em tempo. Cirurgia óssea necessita de uma pressa para que os danos não piorem. Agora, com alguns procedimentos em Maceió, nosso esforço será menos cansativo, pois viajar para ela operar e pegar estrada com ela ainda de curativos é muito desgastante”, disse a mãe da criança, Silvia Cristina de Oliveira.