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Maceió

Mães da Vila Emater recorrem ao MPT para garantir creche

A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em Alagoas, Rosemeire Lopes Lôbo, participou de reunião nesta terça (09/08), com mães da Vila Emater II, na sede da Cooperativa dos Catadores, a Coopvila. Ela foi chamada para tentar evitar o fechamento da creche Herbert de Souza, que poderá ser desativada com a construção de creche-escola na Vila Emater I, resultado de acordo judicial firmado entre o MPT e o Município de Maceió.

A comunidade da Vila Emater II está inquieta porque, segundo informações das famílias, o fechamento da creche vai prejudicar as mães que trabalham na Coopvila. A procuradora comunicou às mães que não cabe ao MPT determinar o local que o município construa a escola. “Esse poder é do Executivo. Na ação, apenas pedi a construção de creche-escola para atender à demanda da comunidade”, esclareceu.

No entanto, comprometeu-se a buscar o diálogo com o município para tentar resolver a situação. “Como a construção da nova escola faz parte de acordo judicial, em decorrência de ação civil pública ajuizada em decorrência da morte de uma criança no antigo lixão, posso propor um aditivo ao acordo para manter a Herbert de Souza, mas com melhorias. Manterei diálogo com representantes do município e creio que tudo será feito sem prejuízos para a comunidade”, declarou.

A diretora da Herbert de Souza, Dilza Rocha, confirmou que maior demanda é da Vila Emater II. “Pelos levantamentos que fizemos, setenta por cento das crianças matriculados são da Vila Emater II e 30% da Vila I, por isso, seria preciso que a creche fosse mantida”, opinou.

Para a presidente da Associação dos Catadores, Eliene da Silva, mesmo com a construção da nova escola, a comunidade precisa que a Herbert de Souza seja mantida. “Ajudamos a construir a creche, trabalhamos para erguer a casa. Queremos que continue funcionando, porque as mães trabalham na cooperativa e precisam da creche perto de casa”, disse.

Também participaram da reunião a vereadora Fátima Santiago e o representante da ONG São Bartolomeu, Helcias Pereira.