Rui Palmeira assumiu o compromisso para viabilizar os centros de reciclagem
Maceió deverá contar com centros de reciclagem de lixo que agregarão empreendimentos de Economia Solidária formados por recicladores. O assunto foi tema de conversa, na manhã desta sexta-feira (05), entre o prefeito Rui Palmeira, o coordenador-geral de Fomento à Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ary Moraes, e a secretária municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Solange Jurema.
Pela proposta, os centros ofereceriam estrutura para o trabalho dos catadores dos empreendimentos de Economia Solidária e possibilitariam, até, o uso da “Moeda Social” – os empreendedores poderiam fazer compras nos mercados públicos ou refeições em restaurantes populares, por exemplo, de acordo com o resultado do seu trabalho. Não seria necessário trocar o material catado por dinheiro vivo. O modelo já vem sendo adotado em outras cidades do país.
Durante a conversa, no escritório do prefeito, Rui Palmeira assumiu o compromisso de trabalhar na formação de um grupo multidisciplinar de trabalho para viabilizar os centros de reciclagem, que também deve contar com a participação do governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq).
O prefeito destacou, inclusive, que o trabalho pode auxiliar o município em outras áreas, como a própria limpeza no entorno dos mercados públicos e feiras livres de Maceió. “A reciclagem pode ajudar na requalificação dos mercados e feiras”, observou o prefeito.
Ele explicou que o município, através da Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla), está trabalhando no Plano de Resíduos Sólidos. O processo de elaboração do plano contará com recursos da Caixa Econômica Federal. O Plano de Resíduos Sólidos é requisito para a liberação de recursos federais que podem financiar a parte física dos centros de reciclagem.
Ary Moraes disse que Maceió pode se tornar pioneira no país caso consiga implantar os centros de reciclagem para agregar os empreendimentos econômicos solidários da área com o uso da “Moeda Social”. Ele expôs as possibilidades que a Prefeitura de Maceió tem para investir na Economia Solidária no município – incluindo o setor da reciclagem. “Eu sempre tenho dito, em palestras e entrevistas, que lixo não é mais lixo. Lixo é ouro”, afirmou o representante do MTE.
Ele também destacou que o governo da presidente da República Dilma Rousseff está dando todo o apoio a prefeitos que querem fazer a coleta seletiva em seus municípios. E destacou que a estrutura para usinas e centros de reciclagem pode ser financiada com recursos federais. Como exemplo de projeto de reciclagem, Ary citou o Distrito Federal, que foi dividido em 12 áreas para a coleta dos resíduos. O representante do MTE também destacou que é importante haver um diagnóstico e um planejamento para a implantação da coleta seletiva na cidade.
A secretária Solange Jurema aprovou a proposta e destacou que o Benedito Bentes e o Jacintinho são dois dos bairros com mais condições de contar com os centros de reciclagem que agregarão os empreendimentos de Economia Solidária. “São bairros muito populosos e com o comércio muito ativo”, disse.