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Maceió

Maceió sedia o 2º Festival Alagoano das Palavras Pretas

Música, poesia e homenagens marcaram o 2º Festival Alagoano das Palavras Pretas. O evento aconteceu no teatro Abelardo Lopes, situado na Galeria Arte Center, na Pajuçara, e contou com a participação de autoridades do Estado, do ator Milton Gonçalves, representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e da Escola Municipal Paulo Bandeira, uma das homenageadas da noite.

O evento teve início com a leitura de poesias pelo ator alagoano Chico de Assis. Depois as cantoras Madalena Oliveira e Pauline Alencar encantaram o público com suas músicas. A plateia também participou declamando versos. A segunda edição do evento homenageou representantes da sociedade que trabalham na discussão da temática diversidade racial, além de parceiros que contribuíram para realização do evento.

O grupo Pérolas Negras, da Comunidade de Remanescente Quilombola Pau d’Arco, de Arapiraca, fez a entrega dos troféus.

Uma das homenageadas da noite foi a escola Paulo Bandeira, representada pela diretora Avani Rodrigues, que recebeu o troféu guerreiro quilombola pelos trabalhos desenvolvidos no ambiente escolar. “Todos os colaboradores e professores da escola estão articulados para trabalhar a diversidade. Estamos sempre participando de formação para melhor contribuir no aprendizado dos alunos”, afirma.

O ensino de história e cultura afro-brasileiras e indígenas nos estabelecimentos de ensinos fundamental e médio, oficiais e particulares, tornou-se obrigatório desde 9 de janeiro de 2003. A lei 10.639 determina que a temática seja incluída no currículo oficial da rede de ensino.

“A escola Paulo Bandeira tem sido referência no município, sempre preocupada em trabalhar a temática com os professores e alunos, num fazer pedagógico que desperta para a consciência das nossas raízes”, afirma Rosário de Fátima, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Diversidade Étnico/ Racial (Neder).

Para Maria Clara, diretora-geral de ensino da Semed, o aluno precisa conhecer sua identidade e todo seu processo histórico. “Vivenciar a temática não é somente um conteúdo, mas sua aplicação na prática”.