Maceió tem muito o que comemorar no seu aniversário de 172 anos, neste dia 9. Com os investimentos que vêm sendo feitos na infraestrutura, nestes últimos anos, a cidade está com cara de metrópole e vários são os destaques que confirmam isso: o potencial turístico em franca ascensão, com o crescimento da rede hoteleira e a projeção da excelente gastronomia; além da chegada dos grandes centros de varejo, ampliando a oferta de empregos diretos e indiretos. O aniversário da capital alagoana é celebrado no início da alta temporada, incrementando a economia de vários segmentos.
Mesmo com tantos avanços, porém, a referência maior de sua imponência continua sendo a orla marítima do perímetro urbano, considerada seu mais importante cartão-postal. Depois que a Prefeitura de Maceió concluiu a obra de requalificação na orla da Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, o serviço de infraestrutura continua avançando pela praia de Cruz das Almas, para que o belo se torne ainda mais bonito.
E não é só uma questão de beleza. A nova infraestrutura deixa os locais mais seguros e aconchegantes para que turistas e nativos possam passear e bate-papo em qualquer um dos seus trechos.
Em qualquer parte da orla urbana, da Pajuçara a Cruz das Almas, é fácil encontrar de tudo um pouco: mix com culinária regional – incluindo a deliciosa e saudável água-de-coco e os variados tipos de tapiocas, que só se encontram aqui -, feirinhas de artesanato, restaurantes de variados padrões, áreas de lazer e esportivas. E, o que é melhor: todas as opções estão disponíveis, próximas umas das outras, de forma fácil e segura.
Quer mais? Então não esqueça de se deslocar até a famosa piscina natural da Pajuçara, cuja beleza é conhecida internacionalmente. Para isso, vários jangadeiros estão à disposição, diariamente, na beira da praia. “Só garanto uma coisa: quem vai, não se arrepende jamais. Pelo contrário, sempre quer voltar, pois fica encantado com a beleza que encontra”, afirma João Batista dos Santos, pescador e jangadeiro que trabalha no local há mais de 30 anos.
E para proporcionar maior segurança à população local e aos visitantes, a Guarda Municipal tem auxiliado no policiamento local. É comum encontrar guardas no Corredor Vera Arruda, nas praças e na própria orla. Paralelamente, as equipes continuam tomando conta do patrimônio público, que é a prioridade da instituição.
Saindo um pouco da orla, encontramos muitas outras atrações espalhadas por vários trechos de Maceió. Um dos mais fortes símbolos da capital das Alagoas é, sem dúvida, o tradicional bairro do Pontal da Barra, que foi tombado pelo patrimônio histórico e cultural.
No local, durante o ano inteirinho, é comum encontrar caravanas de turistas encantados com as rendeiras sentadas à porta de suas casas tecendo suas belíssimas peças, muitas delas feitas a base de filé; o artesanato; as ruas estreitas; os restaurantes erguidos à beira da Lagoa Mundaú e a inesquecível chegança – um típico folguedo local.
INFRAESTRUTURA
A cidade de Maceió passou por uma transformação nos últimos sete anos, quando o atual governo investiu na construção de vários projetos estruturantes, melhorando a qualidade de vida da população e a sua fisionomia urbana. Foram construídos viadutos, novos corredores de transportes, além da execução de serviços de pavimentação e drenagem em vários núcleos da periferia, e renovação de piso asfáltico de avenidas e ruas.
“Um trabalho que só foi possível de ser feito graças à visão do prefeito Cícero Almeida, à determinação e à união de sua equipe de trabalho. A sociedade é quem pode melhor avaliar essas ações, que foram desenvolvidas, explica o secretário de Infraestrutura, Mosart Amaral. Segundo ele, outros projetos estão sendo executados – avenidas Jornalista Márcio Canuto, Pierre Chalita e Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e outros serão implementados, como os viadutos na Avenida Leste/Oeste (Bom Parto), na Avenida Juca Sampaio (Barro Duro), na saída do Benedito Bentes.
Maceió também está planejando outros projetos de impacto para o futuro, como o do Veículo Leve sobre Trilhos para no corredor de transporte das avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, por exemplo. O projeto elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento prevê um percurso de 15,2 quilômetros de extensão, nove estações simples ao longo do canteiro e cinco estações de integração, uma delas de grande porte.
Origem da Cidada
A origem da cidade de Maceió data ainda da época do descobrimento. Os índios conheciam o local como Maçaiok ou Maçayó, que significa “o que tapa o alagadiço”', por estar rodeada de rios, belas e extensas lagunas e do Oceano Atlântico. No século XVII, a sesmaria foi doada com a condição de se fundar um engenho e promover o povoamento das terras.
Chegaram os colonizadores portugueses e a localidade passou a se chamar Maceió. Ainda no século XVII, foi construída uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de partida para a atual população e onde foram instaladas as primeiras fábricas. Atualmente, no local, na Praça Pedro II, está localizada a Catedral Metropolitana.
A vila de Maceió foi desmembrada em 5 de dezembro de 1815 da Vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, ou simplesmente Vila Alagoas, atual cidade de Marechal Deodoro. Em 9 de dezembro de 1839, deu-se a elevação à condição de cidade, principalmente por causa do desenvolvimento advindo da operação do porto de Jaraguá, um porto natural que facilitava o atracamento de embarcações, por onde eram exportados açúcar, tabaco, coco e especiarias.
Com a emancipação política de Alagoas, em 1817, o governador da nova capitania, Sebastião de Mélo e Póvoas, iniciou o processo de transferência da capital para Maceió. No dia 16 de dezembro de 1839 foi instalada a sede do governo em Maceió. A partir daí, a cidade consolidou seu desenvolvimento administrativo e político. Teve início uma nova fase no comércio e começou a industrialização.
Requalificação do Centro
O Centro de Maceió também merece um registro à parte. Desde o início da atual gestão, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) vem investindo numa série de obras, cumprindo recomendação do prefeito Cícero Almeida. Um desses projetos, ainda em andamento, é a Requalificação do Centro, que transformou e continua mudando o aspecto da região. Os serviços incluíram a troca dos pavimentos das ruas e calçadões, assim como das instalações elétrica, hidráulica e telefônica, agora com fios subterrâneos.
A paisagem urbanística também se modificou. Além da troca de pisos, foram instalados bancos, cestos de lixo, postes, dentre outros equipamentos, de forma padrão. Houve ainda mudanças na rede de saneamento básico.
O resultado de tudo isso foi o crescimento econômico observado no varejo local. A população da cidade voltou a frequentar o Centro. Como consequência, houve um grande impulso nas vendas em todos os segmentos: confecções, calçados, bijuterias, brinquedos, eletroeletrônicos, importados, lanchonetes, restaurantes e móveis. Grandes redes de varejo começaram a se instalar no comércio central. Outras que já atuavam no local ampliaram e modernizaram suas instalações.
“Há anos que verificamos a mesma tendência: enquanto alguns estabelecimentos são reformados outros são abertos”, resumiu o gerente de uma loja de calçados, André Vinicius da Silva, acrescentando que o faturamento nas lojas cresceu e mais que dobrou em alguns casos.
Maceió também está se modernizando. Basta ver as grandes obras que têm sido implantadas pela Prefeitura de Maceió, a exemplo dos viadutos Washington Luiz e José Aprígio Vilela, no Farol, e Industrial João Lyra, em Mangabeiras.
Recentemente, os viadutos Ib Gatto Falcão, no Poço, e José Aprígio Vilela, foram pintados e ganharam um novo projeto de iluminação. Os melhoramentos também incluem a conservação das passagens de nível da Avenida Leste-Oeste.