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Negócios/Economia

Lucro global da Nestlé cai 1,9% no 1º semestre

A suíça Nestlé, maior companhia de alimentos e bebidas do mundo em vendas, informou uma queda de 1,9% no lucro líquido do primeiro semestre de 2009, para 5,1 bilhões de francos suíços (US$ 4,7 bilhões), abaixo dos 5,2 bilhões de francos registrados no mesmo período do ano passado. O resultado, contudo, ficou acima dos 4,8 bilhões de francos esperados pelos analistas. A receita do período recuou 1,5%, para 52,3 bilhões de francos, ante os 53,1 bilhões de francos do ano anterior. Analistas esperavam 52,8 bilhões de francos.

O lucro operacional no período aumentou para 7,4 bilhões de francos, ante os 7,3 bilhões de francos do primeiro semestre de 2008. Analistas elogiaram a melhora na margem de lucro operacional, de 13,8% para 14,1%, mas disseram que volumes e preços foram pontos negativos. O crescimento orgânico, medida observada por compreender mudanças no volume e no preço de venda dos produtos, ficou em 3,5% no primeiro semestre, depois de cair de 3,8% no primeiro trimestre para 3,2% no segundo trimestre do ano. “O mercado deve ficar decepcionado com o nível de crescimento orgânico e com o volume de vendas na Europa”, afirmou Jon Kox, analista da Kepler. A Nestlé disse esperar um crescimento orgânico mais acelerado no segundo semestre, liderado pelo volume de vendas, e uma continuação da melhoria na margem de lucro operacional.

No momento, a Nestlé não vê oportunidades para novas aquisições, de acordo com James Singh, chefe de relações com investidores e diretor financeiro da companhia. “Não há nada disponível a um preço justo”, afirmou, durante conferência com analistas. A empresa geralmente separa de 1,5 bilhão de francos suíços a dois bilhões de francos suíços a cada ano para aquisições.

Respondendo a questões sobre a disposição da Nestlé de vender uma fatia majoritária na Alcon Inc., de produtos para cuidados com os olhos, para a Novartis, o executivo disse que esse será um tema para o próximo ano, no mínimo. “As opções relacionadas ao acordo serão exercidas no próximo ano”. Sob o pacto assinado em 2008, a companhia suíça tem o direito de vendas do restante de sua participação na Alcon, de 52%, entre janeiro de 2010 e julho de 2011, para a Novartis. Uma fatia de 25% já foi vendida para a farmacêutica em 2008. As informações são da Dow Jones.