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Policial

Lideranças militares se reúnem e programam atos públicos

Com o objetivo de buscar melhores condições de trabalho para a categoria e após quatro policiais terem sido alvos de atentados em apenas três dias em Alagoas, os líderes militares da ACS/AL, ASSMAL, ASPRA e ASSOMAL resolveram se reunir nesta segunda-feira (22), no Clube dos Sargentos, situado no Trapiche da Barra, para elaborar um documento com reivindicações, bem como montar uma programação com alguns atos públicos a serem realizados durante esta semana.

Os representantes das entidades necessitam de ações mais enérgicas por parte do Governo, e para isso fizeram um documento onde reivindicam: aumento do orçamento anual das corporações; a valorização profissional com a implantação da carga horária, adicional noturno e periculosidade; reformulação do Conselho de Segurança, onde devem ser formados por 40% dos integrantes do Governo, 30% de trabalhadores e 30% da sociedade civil.

“Sentimos que a justiça colabora com a impunidade, onde o menor comete crime e continua impune. Queremos que as autoridades tomem uma atitude sobre as mortes os militares”, disse o sargento Teobaldo Almeida.

Atos públicos

Na quarta-feira (24) os presidentes das associações militares (ASSMAL, ACS, ASSOMAL, ASPRA) vão entregar ao Governo de Alagoas algumas manifestações específicas da categoria.

As entidades também realizarão uma coletiva de imprensa no dia 24, às 9h, na sede da Associação dos Cabos e Soldados (ACS), situada na Rua Jornalista Lafaiete Belo, 35, Poço, para conversar sobre as atividades da semana.

Já na quinta-feira (25), as manifestações serão em homenagem aos seis policiais mortos este ano. Os policiais e bombeiros pretendem acampar na Praça dos Martírios por 12 horas e realizarão uma caminhada pelo Centro de Maceió. Na terça-feira (30) um novo ato público está marcado para as 15h, na Praça Marechal Deodoro, no Centro.

“A fragilidade da segurança pública é visível. Os Direitos Humanos tiram o poder ofensivo da PM no que diz respeito à ordem pública. Além disso, a PM não valoriza o profissional e não investe no melhoramento de seus homens”, afirmou cabo Wagner Simas, presidente da ASPRA.

Brasil Mais Seguro

As associações criticam também a atuação do plano Brasil Mais Seguro, implantado em Alagoas pelo Governo Federal em parceria com o Governo de Estado com o intuito de reduzir a violência. “O plano não está dando certo. O governo trouxe profissionais de fora, com a Força Nacional, gastando rios de dinheiro e nada resolve. Não há valorização dos profissionais alagoanos e não dão condições de trabalho”, falou o 1º secretário da ACS, cabo Wellington.