×

Esporte

CBV: Líbero Serginho continua sendo referência no vôlei

Serginho continua sendo um exemplo de atleta e homem a ser seguido

O início no vôlei foi há 26 anos. Dez deles, foram dedicados a seleção brasileira. O número total de títulos não é facilmente lembrado, mas gira em torno de 20. Uma história longa e, acima de tudo, de sucesso na modalidade. O autor dessa narrativa não pode ser qualquer um. É ele: Sérgio Dutra dos Santos. Também conhecido como Serginho. Ou Escadinha. Ou Sérgio Escadinha. São muitos em um só, em uma só trajetória, que passou por altos, baixos, alegrias, dores, e que fez com que ele se tornasse uma referência como atleta, ao ser o único líbero eleito o melhor jogador do mundo. Mas Serginho valoriza, ainda mais, o lado pessoal dos atletas.

“Os títulos são muito legais e importantes para a carreira de um atleta. Tenho muitas histórias para contar ao longo desse tempo, mas confesso que eu não sou muito apegado a esses resultados. Por isso, não tenho a menor dúvida que o que conta mais, para mim, são as pessoas que conheci no vôlei. Fiz amigos que já estão na minha vida há muito tempo e que tenho certeza que vão estar para sempre”, afirmou Serginho.

O grupo do qual fez parte na conquista do título dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, é marcante para o jogador. “Essas são pessoas muito importantes na minha vida. Somos amigos e temos contato constantemente. Além disso, tenho um carinho muito grande por todos com quem joguei. Alguns deles eram meus ídolos e se tornaram meus amigos. Tenho um orgulho muito grande em ter jogado ao lado de Maurício e Giovane, por exemplo”, contou Serginho.

O desapego aos títulos fica evidente quando o jogador, atualmente líbero do Sesi-SP, fala sobre o momento mais marcante na sua carreira. O título olímpico ou o prêmio individual de melhor jogador da Liga Mundial de 2009 seriam facilmente detectados como os mais importantes, mas Serginho foge do considerado habitual e aponta outro momento.

“Não dá para falar em apenas um, mas agora pensei na primeira convocação, em 2000. Eu jogava no Banespa e estava acontecendo uma mudança na comissão técnica. Eu nem imaginava que o Bernardinho soubesse quem eu era. Eu não esperava aquela convocação de jeito nenhum”, lembrou Serginho.