Jogador foi considerado o melhor líbero da Liga
Das 210 bolas que recebeu nas partidas contra Argentina, Sérvia, Cuba e Rússia, Mário Jr. conseguiu 125 excelentes passes que resultaram em finalizações para a seleção brasileira. Com estes números, este carioca de 28 anos levou o prêmio de melhor líbero da 21ª edição da Liga Mundial de vôlei, encerrada neste domingo (25.07), na cidade de Córdoba, na Argentina. O Brasil garantiu o nono título e se tornou o maior vencedor da história da competição (93/2001/2003/2004/2005/2006/2007/2009/2010).
“Este prêmio é fruto de um trabalho com a seleção de melhorar posicionamento de defesa, passe. Na minha posição sou só eu. Tenho que estar bem, e ter a confiança do chefe (o técnico Bernardinho). Espero um dia ganhá-la”, diz Mario Jr.
O garoto que começou a jogar vôlei no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, teve que se superar em apenas dois meses e assumir a difícil missão de substituir Sergio Escadinha, recém-operado de uma hérnia de disco lombar, e eleito o melhor jogador da Liga Mundial do ano passado.
“O título é a recompensa de toda a pressão que sofri e da responsabilidade que ganhei”, diz Mário Jr. Em 2009, o jogador fez parte da campanha do octacampeonato da Liga Mundial, mas não participou efetivamente, já que Sergio Escadinha era o titular absoluto da posição.
“Foi um ano para ganhar experiência. A decisão, na Sérvia, foi uma verdadeira guerra. Ali, aprendi que é preciso ter muita calma e colocar o coração em quadra”.
Nas estatísticas da Federação Internacional, o jogador terminou na liderança na recepção, com 83 bolas excelentes e um aproveitamento de 66,67%. Na defesa, Mário Jr foi o segundo colocado, atrás do argentino Alexis Gonzalez.
“Senti falta do Serginho na seleção. Ele treina comigo, é muito companheiro. Conversamos bastante. Torço para que ele se recupere o mais rápido possível”, afirma Mario Jr, que conta os detalhes decisivos da final contra os russos.
“A final contra a Rússia foi muito difícil. No quarto set, quando estávamos perdendo por 20/16 pensei: não pode ser. Nos matamos de treinar o tempo todo e não podemos deixar escapar essa oportunidade. Esse título tem que ser nosso. Fizemos o 17º ponto depois que eu defendi um ataque russo na paralela”, lembra o líbero da seleção brasileira.
“Quando o Dante levou um bloqueio, no finalzinho, fiquei preocupado. Depois que fizemos 24/23, disse para mim mesmo: é agora. É o passo mais importante da minha vida. Rezei, rezei e rezei para dar tudo certo. A Rússia errou o saque e eu desabei na quadra. Foi quando a minha ficha caiu, e vi que nós éramos campeões da Liga Mundial”.
