O secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, avaliou que foi uma surpresa o bônus de assinatura de R$ 8 bilhões, arrecadado com os blocos marítimos da 15ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Felix destacou que a meta para o ano era arrecadar R$ 7 bilhões com os leilões, o que foi extrapolado apenas nesta etapa da rodada. “Extrapolou meu otimismo”, disse o secretário, que afirmou que a meta será revista.
O secretário estimou que o Brasil pode arrecadar até R$ 12 bilhões se forem somadas as próximas rodadas e os dois blocos que foram excluídos deste leilão pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Na visão do ministro, a atratividade do leilão é resultado de mudanças promovidas pelo governo, como alterações na política de conteúdo local, no Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados à Exploração e à Produção de Petróleo e Gás Natural (Repetro) e o estabelecimento de um calendário de leilões da ANP.
Na próxima segunda-feira (2), o Ministério de Minas e Energia deve se reunir com técnicos do Tribunal de Contas da União para buscar uma solução para os dois blocos excluídos do leilão. Ambos localizados na Bacia Santos, os blocos correspondiam a 75% do valor de bônus de assinatura inicialmente previsto pelo leilão.
“A gente vai fazer um esforço muito grande para oferecê-los no leilão de junho. A gente já sabe de antemão que são de grande interesse, então, já garante o sucesso”, disse o secretário, que representou o ministro Fernando Coelho Filho.
Além do bom resultado do leilão como um todo, o secretário também comemorou o destaque da Bacia de Campos, que teve um ágio de 680% nos nove blocos arrematados. Esses blocos somaram a maior parte do bônus de assinatura do leilão, com R$ 7,5 bilhões. “A Bacia de Campos está muito viva”, disse.
