Ex-deputado permanecerá afastado das funções públicas
Caiu por terra a expectativa do ex-deputado Francisco Tenório assumir o cargo de delegado adjunto da Delegacia de Acidentes, nesta quinta-feira, 1º de março. A portaria publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 29, foi contrariada por decisão da 17ª Vara Criminal da Capital que determinou que o ex-parlamentar permaneça afastado das funções públicas.
Os juízes que integram a 17ª Vara estiveram reunidos na tarde de hoje (29/02), e decidiram que Tenório não assumirá o cargo de delegado Adjunto de Acidentes, mas, entenderam que o afastamento, assim como o uso da tornozeleira eletrônica, é uma medida cautelar e por essa razão o ex-deputado permanece recebendo o salário de delegado da Polícia Civil de Alagoas.
A decisão colegiada também entendeu que Francisco Tenório deve perder as prerrogativas inerentes à função de delegado, ficando proibido de portar arma de fogo e participar de qualquer investigação. Para o juiz Maurício Brêda, as acusações de participação do ex-deputado em dois homicídios foi algo que pesou para a decisão do colegiado.
A decisão da 17ª Vara Criminal foi comunicada somente no final da tarde desta quarta, ao diretor-geral da Polícia Civil, José Edson, que recebeu a decisão judicial, dando conta de que Francisco Tenório deve permanecer afastado das funções de delegado até a conclusão dos processos que ele responde.
Tenório deixou o presídio Baldomero Cavalcanti no dia 16 de fevereiro por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital que concedeu Habeas Corpus ao ex-deputado referente aos processos que ele responde acusado pelo assassinato do cabo José Gonçalves, em 1996, e pela execução de seu assessor Cícero Belém. Tenório ainda é suspeito de ter participação no asssassinato do fazendeiro Fernando Fidelis, crime que ocorreu dentro de uma das celas do Baldomero Cavalcanti em 2005.
