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Alagoas

Justiça condena filho que matou e enterrou pai no quintal de casa

Jackson Williams Félix Gomes da Silva, de 21 anos

O Tribunal do Júri da Capital condenou na noite desta segunda (17) o jovem Jackson Williams Félix Gomes da Silva, de 21 anos, a 14 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado e mais 24 meses pelo delito de ocultação de cadáver de seu próprio pai. A vítima foi morta em fevereiro de 2011 e teve o corpo esquartejado e enterrado no quintal da casa onde os dois moravam, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. O julgamento ocorreu no fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes.

Jackson Williams já era réu confesso e estava recolhido ao sistema penitenciário desde a época do crime, quando admitiu o homicídio e foi indiciado pela delegada Maria Aparecida Araújo. “Ele recebia uma educação rígida, passou a se incomodar com isso e todos que viviam ao seu redor sabiam desse seu descontentamento. Então, após denúncias dos vizinhos, que desconfiaram do desaparecimento do seu Antônio Jorge, o filho acabou confessando a morte e disse que enterrou o pai nos fundos do imóvel onde eles residiam. A princípio, alegou que o pai estava armado e, ao tentar se defender, a arma acabou o atingindo. Entretanto, o laudo cadavérico mostrou que a vítima foi assassinada a marretadas, através de vários golpes na cabeça. A marreta, no dia do recolhimento do corpo, foi encontrada escondida num lençol, dentro do guarda-roupa do quarto do réu”, afirmou o promotor José Antônio Malta Marques, autor da denúncia.

“Pedimos a condenação dele pelos crimes de homicídio qualificado, haja vista que houve a impossibilidade de defesa da vítima e por ocultação de cadáver. O Tribunal do Júri acolheu os nossos argumentos e o réu foi condenado”, completou José Antônio Malta Marques.
Jackson Williams Félix Gomes da Silva foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pelo ilícito penal de homicídio qualificado e a mais dois anos pelo crime de ocultação de cadáver. Após o julgamento, ele foi encaminhado à Penitenciária Baldomero Cavalcante.

Relembrando o caso

O músico Antônio Jorge Gomes da Silva desapareceu no dia 11 de fevereiro de 2011. O corpo dele somente foi encontrado em 22 de março do mesmo ano, mais de um mês depois do assassinato, já em avançado estado de decomposição, no quintal da sua residência, situada na Rua Aminadab Valente, bairro Trapiche.

Alguns dias após o homicídio, as suspeitas começaram a recair sobre o filho Jackson. Ele foragiu após ter a prisão decretada e se entregou à Polícia Civil em 23 de março, data em que confessou o crime. Nesse mesmo dia, ele apontou o local onde enterrara o pai. O músico foi sepultado dois dias depois. A vítima consertava instrumentos da banda da Polícia Militar de Alagoas e tocava em orquestras de frevo.