A juíza da 4ª Vara do Trabalho de Maceió, Eliane Pereira Barbosa, determinou que a Caixa Econômica Federal bloqueie o próximo pagamento que seria feito à prestadora de serviços Prisma para quitar os salários atrasados de 112 terceirizados, todos empregados na prestadora Prisma. A decisão liminar atende ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas que buscou resguardar os direitos dos trabalhadores que estão há mais de dois meses sem registro, sem receber vale transporte e nem remuneração.
Na ação, o MPT relatou que foram constatadas várias irregularidades não só relacionadas à prestadora Prisma, mas também nas empresas anteriores: Tecno Global, Sena Terceirização e Solmar. Essa última, mesmo tendo encerrado o contrato com a Caixa, não concluiu o pagamento dos salários nem as verbas rescisórias dos empregados. “Pelas investigações, observou-se que a Caixa vem contratando reiteradamente empresas inidôneas para prestação de serviços e prejudicando trabalhadores há anos”, apontou o texto.
Antes de entrar com ação com pedido de liminar, o MPT buscou resolver o problema extrajudicialmente, mas sem sucesso. Em maio, a empresa Solmar, anterior à Prisma, informou que liberaria documentos para que a Caixa transferisse os valores para pagar os terceirizados. No entanto, o compromisso não foi honrado e os empregados, até o momento, não receberam salários nem verbas rescisórias. Diante dos fatos, a solução foi recorrer ao Judiciário para garantir os direitos dos trabalhadores terceirizados pelo banco em Alagoas.