Julgamento do caso Ceci Cunha atrai atenção da imprensa nacional
As atenções da imprensa nacional nesta segunda-feira, 16 de janeiro, estão voltadas para o histórico julgamento dos acusados de assassinar a médica e deputada arapiraquense Ceci Cunha, o marido, o cunhado e a mãe dele. Vinte e cinco jurados estão encarregados de decidir o futuro dos acusados pelo crime que foi registrado no dia 16 de dezembro de 1998 e ficou conhecido como “Chacina da Gruta”.
Estão sendo julgados Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos, Mendonça Medeiros Silva e Jadielson Barbosa da Silva, além do ex-deputado Talvane Albuquerque, apontado como autor intelectual do crime que abalou os bastidores da política no estado que passou a ser lembrando em todo o país como a “terra da pistolagem”.
Desde quando foi marcada a data do julgamento que a família e amigos das vítimas da chacina iniciaram uma mobilização na capital alagoana objetivando a condenação dos acusados que negam participação no crime. Os trabalhos processuais serão presididos pelo juiz federal André Granja, que também teve seu pai assassinado por pistoleiros.
A estimativa do magistrado é que o julgamento deva durar cerca de três dias por conter sete volumes, milhares de páginas e 20 testemunhas arroladas pela defesa e acusação. O julgamento acontece no Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal Federal de Alagoas, no prédio da Justiça Federal, no bairro da Serraria, em Maceió.
A primeira testemunha de acusação a ser ouvida é peça chave no caso. Claudinete Santos Maranhão estava na casa com as vítimas no dia em que tudo aconteceu, mas conseguiu se esconder ao ouvir os primeiros disparos. Ela conta que chegou a ouvir quando um dos criminosos declarou: “Essa não é a deputada”. Deixando claro que Ceci Cunha era o alvo.
Entenda o caso
Ceci Cunha, seu marido Juvenal Cunha, seu cunhado Iran Carlos, e sua sogra Ítala Maranhão, foram assassinados no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió, horas após a médica ser diplomada como deputada federal. As vítimas estavam todas na varanda de uma residência quando receberam os tiros.
Para o Ministério Público Federal (MPF) o crime teve motivação política e teria sido praticado pelo também médico Pedro Talvane, suplente de Ceci. O MPF acredita que por não ter conseguido se reeleger para uma vaga na Câmara Federal, o médico resolveu arquitetar o plano para poder voltar ao cenário político nacional.
Ao Vivo
