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Política

Judson Cabral defende trabalho feito pelo Incra em Alagoas

O deputado estadual Judson Cabral (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta terça-feira, 22, para comentar as denúncias feitas na imprensa alagoana sobre supostas irregularidades envolvendo a direção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas. Em matéria veiculada na edição de domingo, 20, o jornal Gazeta de Alagoas denunciou um suposto esquema fraudulento na reforma agrária.

O esquema envolveria a venda de lotes em assentamentos destinados pelo governo para reforma agrária. “Venho aqui para prestar solidariedade aos dirigentes do Incra, uma vez que a forma como foi veiculada a matéria coloca em xeque a reforma agrária. Entendemos que há irregularidades com relação a comercialização de lotes destinados aos assentamentos. Entendemos que devam ser tomadas as providências. Mas não podemos misturar isso com o trabalho que o Incra vem fazendo com relação aos avanços dos assentamentos e do apoio que vem sendo dado às famílias assentadas”, completou.

Judson falou ainda que durante o governo do ex-presidente Lula, o Incra no Estado de Alagoas triplicou o número de assentados. “Isto mostra que o Incra não está inerte. Não defendo aqueles que comercializam os lotes, tudo tem que ser apurado, pode ter envolvimento de prefeito, de vereador, de promotor e de juiz. Se tem funcionário do Incra envolvido, que seja apurado. A instituição não pode ser colocada em xeque. A causa da reforma agrária é nobre, Alagoas é o estado que detém a maior concentração de terra, de riqueza e de miseráveis”, disse Cabral.

No final de seu discurso, Judson elogiou os dirigentes do Incra em Alagoas, destacando que, apesar dos poucos recursos, tem sido feito um bom trabalho no avanço da reforma agrária. “Existe sim seriedade na apuração. Fica aqui meu protesto contra a forma como se tem tratado o Incra nesses últimos dias. Espero que tudo fique esclarecido e quem praticou algum crime que seja punido. E todos que burlaram a boa fé da reforma agrária sejam punidos por seus atos”, concluiu o petista, que foi aparteado pelos deputados Ronaldo Medeiros (PT) e Jeferson Morais (DEM).