O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), considerou a Operação Anel de Giges da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã de hoje (28) em Roraima, em que parentes do senador estão entre os investigados, como “retaliação”.
“Recebo essa agressão a mim e a minha família como uma retaliação de uma juíza federal, que, por abuso de autoridade, já responde a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, disse, em nota. O senador ainda afirmou que tornará públicos “todos os documentos que demonstrarão a inépcia da operação de hoje”.
O senador qualificou a investigação como “um espalhafatoso capítulo de um desmando que se desenrola nos últimos anos” no país. “Em junho de 2016, foi pedida a prisão de um presidente de um poder, de um ex-presidente da República e de um Senador com base em conjecturas. Em setembro agora, por absoluta inconsistência jurídica, o inquérito foi arquivado. Desproporcional e constrangedor, esse episódio poderia ter sido evitado. Bem como poderia ter sido evitado o de hoje. Bastava às autoridades pedirem os documentos anexados que comprovam que não há nenhum crime cometido”, diz a nota divulgada por Jucá.
O senador destaca que desta vez o alvo foi sua família. “Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de razoabilidade. Como senador da República, que respeita o equilíbrio entre os Poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo a, novamente, alertar sobre os excessos e midiatização”.
