Aulas de percussão acontecem até esta terça
Samba de roda, ijexá, boi e maracatu. Esses são alguns dos ritmos afro-brasileiros que crianças e adolescentes das unidades de acolhimento institucional da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) estão aprendendo a tocar em uma oficina de percussão realizada no Espaço Cultural, na Praça Sinimbu. O projeto está sendo desenvolvido pela Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac).
Os meninos e meninas das unidades Acolher e da Casa de Passagem Feminina Luzinete Soares de Almeida estão bastante empolgados por participar da oficina. Um deles é Leandro, de 10 anos. “Estou muito feliz em aprender a tocar. Antes eu brincava de fazer sons na mesa de casa. Agora estou aprendendo a tocar um instrumento de verdade”, disse o menino.
As aulas estão sendo ministradas pelos instrutores de percussão, Dalmo Santos e Wilson Santos. Para Dalmo, a música melhora a qualidade de vida das crianças. “Esse tipo de atividade faz com eles mantenham a mente ocupada, evitando que façam coisas indevidas. A música está no sangue deles, tanto que em apenas quatro dias de oficina já aprenderam vários ritmos”, destacou o professor.
Segundo o coordenador da unidade Acolher, Amaro Jorge, a oficina de percussão, além da aprendizagem, está possibilitando a integração dos meninos e meninas. “A atividade cultural permite que eles conheçam outro mundo e novas histórias. Além de desenvolver habilidades, também tem o seu lado terapêutico. Tocando os tambores, eles podem extravasar suas emoções”, disse o coordenador.
Para a secretária municipal de Assistência Social, Celiany Rocha, é importante que as crianças participem de atividades, a exemplo desta, e vejam novos horizontes. “Elas estão tendo a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura regional, e o melhor, se divertindo”, comentou Celiany.
As unidades de acolhimento da Semas atendem a crianças e adolescentes, que por algum motivo tiveram que ser afastadas do vínculo familiar. A Casa de Passagem Feminina Luzinete Soares de Almeida atende a meninas com idade entre 7 e 17 anos e a Unidade de Acolhimento Institucional Acolher meninos com idade entre 7 e 17 anos.