Clécio dos Santos Lima foi julgado nesta segunda-feira, 09, em Maceió
Cinco anos depois do policial civil Geraldo Moura de Sá ter sido brutalmente assassinado na Grota do Rafael, em Maceió, o suspeito de ter participado do crime foi julgado e condenado nesta segunda-feira, 09, a 27 anos de prisão durante sessão do Tribunal do Júri realizada no fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, na capital alagoana.
Clécio dos Santos Lima, que já responde por homicídio e tráfico de drogas, foi condenado por unanimidade pelo crime que foi registrado em 06 de janeiro de 2009. Buda, como é mais conhecido o criminoso, chegou a fugir para o município de Penedo, mas foi preso quase dois anos depois comercializando lanches em um carrinho no centro comercial da cidade ribeirinha.
Na ocasião, o criminoso confessou sua participação no assassinato do policial civil e foi transferido de imediato para Maceió. O agente Geraldo de Moura Sá, 38 anos, estava lotado na Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN) e foi executado em meio à investigação do comércio de entorpecentes liderado pelo traficante Rafael Rocha de Brito, mais conhecido como “Rafinha”, apontado como mandante do crime.
O promotor de Justiça José Antônio Malta Marques sustentou a tese de homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de motivos torpe, por meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima.
“O Geraldo estava fazendo um trabalho de inteligência na Grota do Rafael e, no momento do crime, jogava sinuca em um bar, como se fosse uma pessoa comum da localidade. Quando estava de costas, foi surpreendido pelo Rafinha, Clécio, e mais outros dois homens ainda não identificados. O bando foi extremamente cruel, tendo assassinado o policial com vários tiros e dezenas de facadas na cabeça e no pescoço. O Rafinha não foi a júri porque foi assassinado pouco tempo depois, porém, o “Buda” sentou no banco dos réus e foi condenado por unanimidade”, explicou José Antônio Malta Marques.
“A sensação de dever cumprido se deve ao fato de termos a certeza de que a justiça foi feita. A única coisa que lamentei foi a ausência do Sindicato dos Policiais Civis, afinal de contas, foi um colega daquela categoria que perdeu a vida enquanto trabalhava”, completou o promotor de Justiça.
