Família agora tenta conseguir a internação de José Eduardo em uma clínica psiquiátrica
Após dias desaparecido em Penedo, José Eduardo Silva, de 28 anos, foi localizado por populares neste final de semana. O jovem, que é portador de deficiência intelectual e auditiva, já se encontra em sua residência no Campo Redondo, comunidade localizada no município ribeirinho.
No entanto, apesar da alegria de ter seu filho de volta, Joana Maria da Silva, 69 anos, procurou nossa redação na manhã desta segunda-feira, 13 de março, para pedir, mais uma vez, nosso apoio.
De acordo com a idosa, José Eduardo voltou para casa mais agressivo do que nunca, de modo que nem mesmo os fortes medicamentos receitados por uma psiquiatra foram capazes de controla-lo. Por esse motivo, Joana Maria busca apoio para conseguir a internação compulsória do filho em uma clínica para pessoas portadoras de problemas mentais.
Em consulta ao portal do Sistema de Automação da Justiça (e-SAJ), nossa redação descobriu que desde o mês de dezembro de 2012, Joana Maria tenta a internação do filho. Nesses últimos anos, várias decisões favoráveis ao pleito da idosa foram prolatadas, mas nunca passou disso. O último despacho foi dado em 18 de fevereiro de 2016 pelo juiz substituto, à época, Sérgio Roberto da Silva Carvalho. O texto dizia o seguinte:
“Acolho o pedido, devendo ser encaminhado expediente ao Batalhão de Polícia Militar deste Município para promover a apreensão do paciente José Eduardo da Silva, encaminhando-o à Secretaria Municipal de Saúde, em razão das informações contidas no Ofício de fls. 37, visando o cumprimento da determinação judicial de internação compulsória, já prolatada nos presentes autos; Junto com o expediente supramencionado sejam encaminhados os Ofícios de fls. 37 e 38, bem como, informado o endereço da autora, mãe do paciente, a qual deverá providenciar junto à força pública a localização do mesmo”.
Com essa e outras decisões nas mãos, Joana Maria tenta agora resolver essa questão de uma vez por todas. A idosa foi orientada a procurar novamente o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para solicitar o cumprimento da determinação judicial. Caso o contrário, a Justiça deverá ser mais uma vez provocada para fazer valer sua força.
