Cidade das lonas em Branquinha.
A equipe do Jornal Nacional desembarcou mais uma vez em Alagoas para conferir a situação das vítimas das chuvas que castigaram o Estado no meio do ano passado. Pouco mais de um ano depois da catástrofe, que atingiu várias cidades do interior alagoano, nenhuma das casas prometidas pelo governo estadual foram entregues.
De acordo com a reportagem exibida na noite desta sexta-feira, 19 de agosto, somente no município de Branquinha, localizado a 65 km da capital Maceió, as chuvas atingiram cerca de 70 mil pessoas. Algumas delas morreram na tragédia, outras voltaram para as antigas casas localizadas em áreas de risco, e as outras vivem até hoje em abrigos doados pelo governo.
O repórter responsável pela produção da matéria comparou o local em que estão instalados os abrigos com um campo de refugiados. No local, a equipe encontrou barracas em condições desumanas, uma vez que elas não foram projetadas para durar por mais de um ano. A iluminação no local funciona de forma precária e água encanada não existe.
A mesma situação dos abrigos de Branquinha é encontrada nos outros municípios que foram atingidos pelas chuvas, onde milhares de pessoas vivem precariamente a espera de uma moradia digna, como prometido pelo governador Teotônio Vilela. Na cidade de União dos Palmares, o esgoto corre pelo meio das barracas causando uma série de doenças na população.
O vice-governador, Thomaz Nonô, foi procurado pela equipe do Jornal Nacional e reconheceu que a moradia nos abrigos é difícil, desumana, insalubre e promíscua. Ele disse ainda que estão sendo construídas 17.398 casas e que a previsão do governo é de entregar as primeiras mil casas ainda no mês de outubro.
