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Jorgina de Freitas, mega-fraudadora do INSS, ganha liberdade

A ex-advogada Jorgina Maria de Freitas Fernandes, condenada na década de 1990 por desviar dos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cerca de R$ 1,2 bilhão, deixou o presídio Nelson Hungria, no complexo prisional de Bangu (Zona Oeste do Rio), na tarde deste sábado (12). Jorgina tinha sido condenada, em julho de 1992, a 14 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Rio. A liberdade foi concedida através de um alvará de soltura.

Em maio deste ano, a 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro condenou a mega-fraudadora, chefe da quadrilha da Previdência, e o contador judicial Carlos Alberto Mello dos Santos a ressarcir o INSS em mais de R$ 200 milhões. A quadrilha atuava com falsos pedidos de aposentadoria, incluindo nomes de pessoas já falecidas.

A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro foi feita em 1991 contra Jorgina e mais 19 pessoas pela prática de crimes contra o patrimônio do INSS. A denúncia teve por base relatório de inspeção feito pela 3ª Vara Cível da de São João do Meriti.

Desde a descoberta das fraudes pelos procuradores do INSS-RJ, já foram devolvidos aos cofres públicos mais de R$ 69 milhões e a Procuradoria continua perseguindo as diferenças. Os bens de Jorgina avaliados em R$ 10 milhões foram leiloados sob determinação do TJ-RJ, em 2005.

O advogado Wilson Escócia da Veiga, que junto com Jorgina e com o ex-juiz Nestor Santos cometeu a fraude, morreu em junho de 2006, de causa natural, no Hospital Penitenciário, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, dentro do complexo onde cumpria pena.