Mais uma vez, Neymar e Lucas foram os melhores em campo
O público peruano de Arequipa tomou partido do Brasil antes mesmo de a bola rolar. Não teve do que se arrepender. Unidos aos torcedores brasileiros presentes ao Monumental de la UNSA, eles assistiram a uma bela exibição de futebol e puderam comemorar os cinco gols do Brasil que abafaram os pouco gritos de “Chile-le” que se fizeram ouvir no primeiro tempo.
Neymar, com outra grande exibição, marcou dois gols. Lucas, outro que jogou muito, Diego Maurício, que entrou bem demais, e Willian, com uma cabeçada ao melhor estilo, completaram a goleada de 5 a 1 que deu à Sub-20, a liderança na primeira rodada do hexagonal final do Sul-Americano da categoria.
O jogo
A Seleção Brasileira se mostrou dois times distintos no jogo. O do primeiro tempo, até a magnífica cobrança de falta de Neymar, fazendo valer a sua melhor qualidade técnica, parecendo que não iria encontrar tantas dificuldades pela frente como logo aconteceu.
O gol de Neymar merece um registro à parte. Ele apenas repetiu o que havia feito, repetidas vezes, no treino de sábado. Na falta sofrida por Lucas – outro jogador que merece um capítulo especial na partida -, ele ajeitou a bola com a certeza de que acertaria a cobrança. Não deu outra, bola no ângulo e goleiro sem chance no lance.
Pena que não deu tempo para comemorar o gol à altura da beleza que o lance merecia. Quase na saída de jogo, em bola que cruzou a área do Brasil, o Chile empatou com um chute de Carrasco que entrou entre a trave e Gabriel.
O Brasil sentiu o gol. O time passou a permitir a pressão chilena, que se animou e quase chega ao segundo gol em duas oportunidades claras – em uma delas a trave salvou e, na outra, Gabriel com uma defesa arrojada, evitou um novo gol chileno.
O time tinha dificuldade em organizar as jogadas de ataque e ainda foi penalizado por um erro da arbitragem. Neymar foi derrubado, em falta fora da área, e o juiz entendeu que o atacante se atirou, aplicando-lhe injustamente o cartão amarelo.
Segundo Tempo
Mas o melhor de Neymar ainda estava guardado para o segundo tempo. Desempatou o jogo, logo aos 2 minutos, e sofreu em seguida um pênalti claro ignorado pelo juiz.
Os chilenos passaram então a marcar duramente o camisa 7 do Brasil. Aí fica do jeito que ele mais gosta. Parte para dentro dos adversários, leva a bola pra cima, e deixa todos perdidos com tamanho atrevimento e demonstração de categoria.
Aberto o caminho da vitória, abriu-se também a marcação chilena. O terceiro gol era uma questão de tempo e saiu depois de tiro de meta cobrado por Gabriel que Willian desviou para a entrada de Lucas, livre. Só que a conclusão tinha de ser própria dos grandes jogadores: com um leve toque, por cobertura, fez 3 a 1.
Lucas, que consegue unir talento e raça no mesmo jogador, merecia o gol. O quarto saiu em jogada de troca de passes, em que Neymar serviu Diego Maurício, e o chute saiu forte, indefensável.
Estava construída a merecida goleada. Mas havia tempo, e cabia, mais um gol. Em autêntica jogada de ponta, Diego Maurício cruzou com precisão, colocando a bola na cabeça de Willian. O centroavante cabeceou com estilo, bonito, e decretou os 5 a 1 que deixaram os chilenos impotentes e rendidos de vez ao melhor futebol do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
CHILE 1 X 5 BRASIL
Local: Estádio Monumental da UNSA, Arequipa (PER)
Data/Hora: 1/2/2011 às 0h10 (horário de Brasília)
Árbitro: Omar Ponce (EQU)
Auxiliares: Christian Lescano (EQU) e Miguel Nievas (URU)
Renda/Público: Não divulgados.
Cartões amarelos: Opazo, Gallegos, Magaña e Pablo Silva (CHI); Neymar (BRA)
Cartões vermelhos: Não houve.
Gols: Neymar, aos 17’1T(0-1); Carrasco, aos 18’1T(1-1); Neymar, aos 2’2T(1-2); Lucas, aos 19’2T(1-3), Diego Maurício, aos 36’2T(1-4) e Willian José, aos 44’2T(1-5)
CHILE: Alfaro, Opazo (Pablo Silva, aos 15’2T), Casanova, Magaña e Martínez; Marquéz, Reyes, Carrasco; Pinares (Gonzalez, aos 38’2T), Gallegos e Pinto. Técnico: César Vaccia.
BRASIL: Gabriel, Danilo (Galhardo, aos, 24’2T) Bruno Uvini, Juan e Alex Sandro; Fernando, Casemiro, Lucas (Diego Maurício, aos 24’2T) e Oscar; Neymar (Henrique, aos 41’2T) e William José. Técnico: Ney Franco.