Robinho enfrentou dolorosa maratona em Maceio
O jogador Robinho, volante do Sport Club Penedense, que sofreu afundamento do osso malar, teve que ser removido para a capital do Estado, pelo fato da cidade de Penedo não possuir o serviço do cirurgião buco-maxilo-facial como plantonista.
Ao chegar em Maceio, o atleta, de forma desrespeitosa, foi jogado de uma unidade hospitalar para outra, sem ser efetivamente atendido. Durante a sua peregrinação e sofrimento, o jogador passou pelo HGE, duas vezes, pelo Hostital do Açúcar, pelo Sanatório e também pelo Hospital Universitário. Numa das passagens pelo HGE, por incrível que pareça, um funcionário daquela Unidade disse ao atleta que o mesmo não seria atendido ali por não se tratar, o caso dele, de serviço de urgência. Se trauma não é serviço de urgência, o que será? questionou o indignado Dr. Fernando Andrade, médico do clube ribeirinho.
Outro absurdo do mesmo hospital, foi encaminhar o paciente ao Hospital do Açúcar, local que todos sabem, não possue nenhum atendimento de pronto-socorro para pacientes do SUS.
A “Via Crucis” de Robinho não parou por aí. Após esses primeiros momentos de dor e sofrimento, o jogador foi bater no Sanatório e depois no longínquo H.U. Novamente não obteve exito, mesmo estando com dor e com o rosto bastante edemaciado no local do afundamento. Infelizmente, o cidadão Robson dos Santos teve que retornar à cidade de Penedo.
Mas, para a felicidade do profissional do Penedense, Dr. Fernando Andrade conseguiu, junto aos amigos da cidade de Arapiraca, que o mesmo fosse atendido dignamente naquela localidade.
Hoje, já medicado, Robinho está com cirurgia marcada e mais aliviado, após essa pouca vergonha proporcionada por alguns péssimos servidores da saúde, sejam médicos, auxiliares, enfermeiros etc. Mais um triste exemplo de como anda a saúde pública no nosso estado e no nosso país.