Deputado Jeferson Morais
O deputado Jeferson Morais (DEM) defendeu durante a sessão ordinária desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os abusos cometidos na venda de combustíveis em Maceió. A proposta é do deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), que presidiu a sessão. Albuquerque informou que o requerimento conta com 21 assinaturas e deverá ser lido durante a sessão de quarta-feira, 18.
Morais destacou a realização, no sábado, 14, do ato de lançamento da campanha “Ninguém aguenta mais”, envolvendo o Ministério Público Estadual, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Câmara de Vereadores de Maceió e o Procon. A campanha tem como objetivo denunciar supostos abusos cometidos por empresários do setor de combustível na capital alagoana. “A campanha teve a aceitação e o engajamento da sociedade. Isso revela que a população não suporta mais os valores cobrados pelo litro de gasolina nos postos de Maceió”, destacou o deputado.
“Os valores cobrados extrapolaram a racionalidade”, completou Morais, que denunciou ainda a prática de abuso na venda do botijão de gás de cozinha, que passou de R$ 33 para R$ 40 em Maceió. “No interior do Estado esse mesmo gás, da mesma distribuidora e da mesma qualidade, custa entre 34 e 35 reais. É um cartel, que deixou de ser cartel e se transformou em uma máfia. Máfia essa que está agindo contra a economia e contra o povo alagoano”, acrescentou.
Morais disse que o valor cobrado por um litro de gasolina em Maceió só poderia ser justificado caso o produto viesse de muito distante. “Quero fazer um apelo à sociedade para que não abasteça nos postos que estão cobrando o litro da gasolina por valores acima de três reais”, concluiu o deputado.
Em aparte, o deputado João Henrique Caldas (PTN) parabenizou Morais pelo discurso e lembrou que alguns donos de postos estão colocando cartazes, informando que vendem a gasolina por um preço mais barato. O deputado Judson Cabral (PT), também em aparte, destacou a iniciativa da OAB, do MP, do Procon e da Câmara de Vereadores de se unirem para combater o abuso praticado por empresários do setor. “A sociedade é quem paga pela ganância de alguns”, disse Cabral.