O deputado Jeferson Morais (DEM) fez uso da tribuna da Casa, na sessão desta quarta-feira, 15, para cobrar providências urgentes na recuperação do Hospital Antenor Cerpa, em Delmiro Gouveia, que, segundo o parlamentar, atende a oito municípios da região. Morais fez um apelo ao governo do Estado e ao secretário de Saúde Herbert Motta, que dêem uma atenção especial à unidade de saúde e à população do município.
“O município de Delmiro passa por um momento delicado. Dispõe de um hospital, o Antenor Cerpa, que não tem condições de fazer um raio x, nem dispõe de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, informou o parlamentar.
Jeferson Morais disse que o hospital Antenor Cerpa está ultrapassado e necessita urgentemente de uma reforma, de uma ampliação. “Para dar melhores condições à população, o próprio município está investindo na construção de uma base do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência)”, informou.
Os deputados Judson Cabral (PT) e Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), apartearam o colega de plenário e foram solidários ao seu pronunciamento.
Policiais militares
Outro ponto discutido pelo democrata foi a questão dos policiais militares, que segundo Morais estão contestando a escala de trabalho imposta a eles. De acordo com informações recebidas pelo deputado, os militares estão trabalhando cerca de 13 horas. “Uma escala que torna o militar praticamente um escravo. Com um período curtíssimo para o almoço e para o lanche”, contou Jeferson Morais, acrescentando que após trabalharem 13 horas, os militares têm um dia de folga e no dia seguinte são obrigados a irem ao seu batalhão para o serviço burocrático.
De acordo com o parlamentar, a escala de trabalho dos militares foi alterada, em represália às declarações de um militar revoltado a uma emissora de televisão. “Isso irritou o Comando do Batalhão de Rádio Patrulha, que em reunião com os militares disse que, ao invés de 12h, a escala seria de 13h, com intervalo de 20 minutos para o lanche e 30 minutos para o almoço”, revelou Jeferson Morais, solicitando o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Casa para interceder pelos militares junto ao Comando da Polícia Militar.
O presidente da Comissão, deputado Judson Cabral (PT), se colocou à disposição e disse que seria importante que as entidades que representam a categoria apresentassem um relatório à CDH para que, a partir daí, fossem convidados os comandantes dos respectivos batalhões e, se necessário, o comandante da Polícia Militar para os devidos esclarecimentos.