A Itaipu Binacional inaugurou hoje (2) a primeira planta de produção de biometano, gás não poluente, com características similares às do gás natural, resultante da purificação do biogás, obtido a partir de mistura de esgoto, restos orgânicos e poda de grama. Esse processo para obtenção do biogás substitui o processo usado normalmente com dejetos de animais. De acordo com a empresa, essa será a primeira unidade de fabricação de biogás desse tipo no Brasil.
A fábrica recebeu investimento de R$ 2,16 milhões e tem capacidade de produção de 4 mil metros cúbicos de biometano por mês. Hoje, a produção equivale a um quinto da capacidade da fábrica, informou o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Paulo Afonso Schmidt.
A produção de biometano será destinada ao abastecimento de veículos. De acordo com Schmidt, essa produção é suficiente para 80 a 100 veículos que rodem em média 800 quilômetros mês. Atualmente, 70 veículos da frota de Itaipu são abastecidos com biometano. Serão utilizados para a produção do biometano na fábrica, mensalmente, 10 toneladas de restos de alimentos e resíduos orgânicos e 30 toneladas de poda de grama.
No final de 2014, a Itaipu integrou à sua frota veicular o primeiro carro movido a biometano, usado pela Superintendência de Energias Renováveis da usina. A fábrica foi construída entre 2015 e 2016 e desde março, funciona em caráter experimental. “Essa é uma usina de última geração em termos de produção de biogás. Serve para a gente desenvolver o domínio de tecnologias, de sistemas, coisas que nos permitam apoiar outras iniciativas na região”, afirmou o superintendente.
Paulo Schmidt espera ainda desenvolver processos e tecnologias que apoiem o produtor rural na área de produção de carnes, tendo em vista que o volume de dejetos animais, além de causar danos ao meio ambiente, apresenta risco para o reservatório de Itaipu. A transformação de dejetos animais em biometano, além de produzir energia para consumo próprio, poderia representar renda adicional para os produtores. O superintendente afirmou que a tecnologia poderá ser aplicada em prefeituras e empresas como fonte de produção de energia.”Itaipu vai apoiar iniciativas como essa”, afirmou.
