Durante a sessão plenária desta quarta-feira, 11, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Toledo (PSDB), ao ser questionado por outros deputados acerca das medidas que serão tomadas pela Mesa Diretora contra os atos registrados em frente ao prédio da Casa Tavares Bastos, informou ter solicitado ao Gabinete Militar um relatório sobre os danos causados ao patrimônio público, para então adotar os procedimentos legais.
Fernando Toledo destacou que a Assembleia sempre atuou de forma respeitosa e democrática na intermediação das negociações dos servidores com o governo estadual e sempre saiu em favor dos trabalhadores. Ele ratificou o termo utilizado pelo vice-presidente da Casa, deputado Antonio Albuquerque, e considera que os atos ocorridos na Casa foram de “vandalismo”. Toledo destacou o bom relacionamento mantido com todos os seguimentos.
“Sempre estivemos de portas abertas para receber a todos e fiquei assustado quando estava no gabinete, ontem, ouvindo vários estampidos. Um assessor me informou que se tratava da manifestação”, afirmou. Toledo anunciou, ainda, que solicitou ao Gabinete Militar um relatório para a tomada de medidas para garantir o patrimônio do Poder Legislativo, bem como de seus servidores.
Fernando Toledo informou que iria acatar a sugestão dada pelo líder do PT na Casa, deputado Ronaldo Medeiros, para criar uma comissão visando conversar com o governo e discutir as questões administrativas do Estado.
Outros deputados também se manifestaram sobre os episódios registrados na tarde de ontem. O deputado Judson Cabral (PT) considerou justa a luta dos servidores por melhores salários e que resultou na tentativa de invasão por parte dos manifestantes ao prédio do Legislativo. “Houve exageros, mas não aceito classificar a todos de vândalos, pois lá estavam trabalhadores”, afirmou Cabral.
O líder do PT na Casa, Ronaldo Medeiros, pediu na tribuna que os ânimos fossem desarmados e que os poderes envolvidos buscassem o entendimento. “Não podemos atuar como um cabo-de-guerra”, disse Ronaldo Medeiros. O petista se disse disposto a ir até o Palácio do Governo conversar com o chefe do Executivo, Teotonio Vilela Filho, a fim de encontrar uma solução pacífica para a luta dos trabalhadores por melhores salários.