Alinhada às estratégias do Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por meio da Superintendência do Sistema Estadual de Educação (Suse), reuniu nesta quarta-feira (11), no Cepa, coordenadores municipais do programa Mais Educação. Na pauta, a apresentação de uma nova sistemática que visa garantir melhores índices com relação ao letramento dos estudantes do Ensino Fundamental, além de mobilizar e orientar os municípios sobre adesão ao Plano de Ações Articuladas (PAR)2016.
De acordo com a coordenadora do Mais Educação, Marli Aciole, a nova sistemática prevê a parceria entre três programas: o Pacto pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e o Mais Educação, que atende com ampliação de jornada as escolas cujos alunos tiveram dificuldade de aprendizagem e baixo rendimento na Prova Brasil. Com caráter de apoio pedagógico, a parceria visa promover a formação de professores das redes públicas que atendem esta demanda do Ensino Fundamental.
“Pela nova sistemática, serão atendidas escolas em que 25% dos alunos dos anos finais apresentaram letramento insuficiente nos anos finais e escolas com 40% dos alunos com alfabetização incompleta. Este é nosso problema maior, pois muitos alunos chegam ao 5º ano ou mais com letramento insuficiente. É preciso uma união de esforços neste momento”, destacou.
Além desta novidade, segundo Marli, o Mais Educação continuará trabalhando em torno dos macrocampos atendidos pelo programa, que, na última adesão, atendeu quase mil escolas prioritárias em Alagoas, das quais 174 da rede estadual.
Bons resultados – Para participar do Mais Educação e do PNAIC, os municípios precisam fazer a adesão ao PAR. Até esta terça-feira, cerca de 50% municípios efetuaram este procedimento pelo site: www.simec.mec.gov.br.
Comemorando os resultados do último ano, a coordenadora de Estrela de Alagoas, Ronalda Ferro, declarou que o município já efetuou a adesão ao PAR. Ela considera que o município alcançou avanços no Mais Educação, visto que, em 2013, 12 escolas possuíam alunos com dificuldades de aprendizagem e, este ano, apenas quatro precisarão do apoio do programa.
“O programa é muito bom, trabalhando competências e habilidades dos alunos em todos os macrocampos. Das sete atendidas em 2014, três apresentaram melhoras do Ideb, apenas quatro precisarão do reforço, sendo uma da zona urbana e três da rural”, avaliou Ronalda Ferro.
Adesão – Já no caso do PNAIC, o momento é de mobilização para adesão por parte das redes, segundo explica a coordenadora estadual do Pacto, Tereza Neuma,
“Apresentamos as ações prioritárias e orientamos sobre como se dará o cadastro de municípios e professores. Caminharemos lado a lado no que concerne às ações de acompanhamento pedagógico e formação de professores”, explicou Tereza Neuma.
Em 2015, cerca de sete mil professores foram atendidos pelo Pacto. Segundo Tereza, a expectativa é que este número aumente com a integração de programas do MEC. “Se no último ano atingimos este número atendendo professores do 1º ao 3º ano, pelo PNAIC, com o atendimento às escolas prioritárias do Mais Educação, com inclusão 4º ao 9º ano é possível que este número triplique”, considerou.