A Prefeitura de Maceió está realizando, desde o dia 1º, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), o inquérito “Viva 2009 – Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinela de Urgência e Emergência”. A pesquisa, coordenada em âmbito nacional pelo Ministério da Saúde, vai até o próximo dia 30.
O objetivo do inquérito é estimar a prevalência de acidentes de trânsito, agressões, suicídios, acidentes domésticos e outras causas externas, entre as vítimas atendidas pela primeira vez nos serviços de urgência e emergência do município. Os casos de retorno não serão considerados.
“A investigação irá nos proporcionar informações sobre a natureza das ocorrências para que sejam elaboradas políticas públicas voltadas para a prevenção. Vamos, com esse trabalho, conhecer o perfil das vítimas e as causas dos acidentes”, disse o secretário municipal de Saúde, Francisco Lins.
Os dados serão coletados nas 27 capitais, no Distrito Federal e em 12 municípios selecionados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, nos serviços de urgência e emergência.
Em cada cidade, multiplicadores capacitados pela equipe da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da CGDANT treinaram uma equipe previamente selecionada de supervisores e entrevistadores, que realizam a coleta dos dados por meio de um questionário estruturado, codificado e previamente testado. (Ficha de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas de Urgência e Emergência – VIVA Inquérito 2009).
Serão coletados dados sobre a unidade sentinela, pessoa atendida, local e tipo de ocorrência (acidente de transporte, queda, queimadura, lesão autoprovocada, maus-tratos, agressão, violência sexual, entre outros), provável autor (a) da agressão, natureza da lesão e evolução do atendimento.
A coordenadora geral de Epidemiologia de Maceió, Nilce Tavares, alertou que nos casos mais graves, em que as vítimas são levadas com urgência para o atendimento, os supervisores resgatam o caso e preenchem a pesquisa. “Temos este cuidado, para que o inquérito tenha um grande número de dados para a realização do balanço final”, explicou.
Em Maceió, 12 estagiários de Fisioterapia e Enfermagem da Universidade de Ciências de Saúde de Alagoas (Uncisal), e mais quatro supervisores da área de Enfermagem, estão atuando como entrevistadores na pesquisa.
A entrevista não é obrigatória e será feita de forma direta com a vítima. Caso ela esteja inconsciente, um familiar poderá responder em seu lugar. Em média, estão sendo preenchidas dez fichas por dia de cada coletor. Os casos mais ocorrentes são de atropelamento e acidentes domésticos.
