O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais até 2,5 salários mínimos, ficou em 1% em dezembro e fechou o ano com alta acumulada de 5,98%.
O resultado do mês supera a taxa do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para o conjunto de famílias com rendimentos até 40 salários mínimos e registrou alta de 0,79% no mesmo período. No acumulado do ano, no entanto, o IPC-C1 ficou abaixo do IPC-BR (6,36%).
Os dados foram divulgados hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas. Pesaram mais no bolso do consumidor os gastos com alimentação (de 0,63% para 1,74%), com destaque para arroz e feijão (-1% para 3,59%); vestuário (de 1,27% para 1,51%), principalmente roupas (1,34% para 1,53%); saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,79%), especialmente artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para 1,29%); e educação, leitura e recreação (de 0,28% para 0,77%), com a influência de material escolar e livros em geral (-0,15% para 0,58%).
Entretanto, houve diminuição em habitação (de 0,43% para 0,42%) e despesas diversas (de 0,37% para 0,21%). A taxa do grupo transportes permaneceu sem variação.
Para calcular o IPC-C1, a Fundação Getulio Vargas coleta preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias com renda mensal até 2,5 salários mínimos nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte.