Reunião foi na Federação das Indústria
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, mobilizou as lideranças setoriais da indústria para entregar oficialmente ao governador Renan Filho (PMDB) um conjunto de propostas destinadas a recuperar e desenvolver a economia estadual. Numa reunião na Casa da Indústria, sede da Fiea, os líderes empresariais manifestaram sua preocupação com a realidade do setor produtivo, suas dificuldades e anseios, ao tempo em que apresentaram suas contribuições ao governo.
“Garanto que essas propostas não serão engavetadas. Vamos analisar cada uma e encaminhar as soluções necessárias. Vamos transformá-las em agenda de trabalho”, disse o governador, depois de ouvir os empresários. Ele revelou que já ouviu o Turismo e o Comércio, e vai continuar ouvindo a sociedade, pois seu objetivo é trabalhar de forma integrada. “O setor industrial está apontando os melhores caminhos e isso é muito positivo, me ajuda a definir os caminhos que Alagoas vai seguir nesses quatro anos”, declarou Renan Filho.
Ao abrir o encontro, José Carlos Lyra disse que o setor industrial estava apresentando um diagnóstico de sua realidade e, a partir dele, contribuindo para a retomada do crescimento econômico. “Esse documento é a nossa contribuição ao governo, para que Alagoas mantenha sua economia em plena atividade”, afirmou o líder da indústria alagoana.
Parabenizando o governador Renan Filho por adotar uma política de aproximação com as forças produtivas do Estado, Lyra disse que a indústria está integrada e pronta a colaborar para garantir emprego, renda e desenvolvimento social. O caminho, ressaltou, é a industrialização. “Nossa economia precisa crescer e tornar-se competitiva”, disse ele.
Intitulado “Propostas do Setor Industrial para o Governo de Alagoas – 2015”, o documento traz a contribuição dos setores de construção, sucroenergético, laticínio, extração mineral, química e plástico, metal mecânico, vestuário, cerâmica, panificação, gráfica e marcenaria e móveis.
Nele, os líderes empresariais apontaram as ações que o governo deve executar para dinamizar a economia alagoana, e torná-la competitiva na disputa com os demais estados do Nordeste e de todo o País.
Incentivo a projetos que diversifiquem a matriz energética alagoana, instalação de usinas térmicas com aproveitamento do eucalipto, prorrogação do Prodesin, parceria com a União para instalação de um terminal de contêineres, reativação da Transnordestina, mobilidade social em Maceió, reestruturação do Porto, seguida da efetiva profissionalização de sua gestão, e a criação de uma área de livre comércio, no município de Murici, são propostas da indústria.
Possibilitar a reestruturação das indústrias metal mecânicas, acelerar e ampliar investimento em obras de infraestrutura, estabelecer a competitividade fiscal na comercialização do etano e do açúcar no mercado interno, nivelar a concorrência no setor de extração mineral, racionalizar os processos de licença ambiental garantindo estrutura aos órgãos técnicos, investir em infraestrutura de transportes, fiscalização de fronteiras, combate à informalidade, também estão entre as propostas sugeridas ao governo pelos industriais alagoanos.
