
Pelo menos 15 tipos de doces ficaram a venda durante toda esta terça
Depois de um ano de capacitação, as doceiras da aldeia Wassu Cocal, localizada no município de Joaquim Gomes, expuseram seus produtos artesanais nesta terça-feira (6), na Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos. Mais de 15 tipos de doces de frutas variadas ficaram a venda durante todo o dia.
O projeto da Secretaria, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi elaborado com o objetivo de capacitar mulheres da comunidade para a produção dos doces artesanais. Os potes de doces artesanais são produzidos na própria aldeia por pelo menos dez índias, e são vendidos entre R$ 5 e R$ 10.
Segundo a gerente do Núcleo Indígena da Secretaria, Marinete Andrade, as índias já tinham habilidade para produzir os doces, porém, não a usava como fonte de renda. “Elas produziam as delícias para consumo próprio. Foi quando através de uma solicitação da aldeia, elaboramos o projeto e as capacitamos durante um ano para a produção, embalagem e comercialização dos produtos”, destacou.
Depois do processo de capacitação, as doceiras passaram a produzir certa de 100 kg de doces por semana, que servem de fonte de renda para a comunidade, que é composta por 450 famílias, com renda inferior a um salário mínimo. “Elas precisavam gerar uma fonte de renda e produzir os doces em grande escala”, disse Marinete.
Os doces são fabricados com as frutas da própria aldeia. “A gente planta as frutas, e as usamos para produzir os doces. Poucas coisas são necessárias comprar fora, a exemplo do açúcar, pois o restante usamos daqui mesmo”, revelou uma das produtoras, Jacira Maria Lima.