A ampliação do acesso dos cidadãos aos serviços bancários em todos as regiões do país foi destacada ontem (22) pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Como resultado desse processo, disse ele durante o Terceiro Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, o sistema financeiro nacional (SFN) oferece atualmente serviços em todos os municípios, por intermédio de agências, postos avançados, cooperativas de crédito ou correspondentes bancários.
Ele ressaltou que a expansão da oferta de serviços bancários abriu as portas para o acesso de maior parte da população ao SFN. Fator que, no seu entender, contribui para a redução das desigualdades sociais, além de criar melhores condições para o empreendedorismo e para atividades como a agricultura familiar. Tombini advertiu, contudo, que para o processo de inclusão financeira ser feito de maneira sustentável é fundamental que se invista também em educação financeira.
O presidente do BC enfatizou que a inclusão financeira “é prioritária” na agenda do BC. Além de criar “condições mais adequadas para a adoção de políticas públicas com inclusão social”, destacou ele, isso também fortalece os principais “canais de transmissão da política monetária”. Segundo ele, “quanto maior a participação da sociedade no sistema financeiro, tanto para tomar crédito quanto para fazer depósitos, maior será, ao longo do tempo, a eficácia de nossa política monetária”.
O BC estabeleceu parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para facilitar o acesso dos pequenos empreendedores ao crédito, cujo estoque se aproxima de R$ 2 trilhões ou quase 50% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. A esse respeito, Tombini destacou que “o crescimento na oferta de crédito é fruto da manutenção da estabilidade econômica, reforçada pelo nosso sistema de regulação prudencial em matéria financeira”.