Show em Penedo está programado para 07 de janeiro
Os pais têm vivido, atualmente, um verdadeiro dilema quanto a melhor forma de educar os seus filhos em razão do avanço da tecnologia que a cada dia fica mais próxima, acessível e atraente. Os vídeos games, os celulares e as lan houses que se encontram em cada esquina têm atraído milhares de crianças e adolescentes para jogos violentos onde a destruição do outro é o objetivo maior. Sempre vence o mais violento, o que possui armas mais sofisticadas.
Como nessas casas de diversão não existe censura, o acesso a tais programas é livre dependendo apenas da escolha do usuário. Alguns adolescentes são tão viciados ao ponto de permanecerem várias horas à frente de uma tela se expondo aos seus efeitos nocivos esquecendo-se de suas obrigações escolares e familiares além do risco de se tornarem presas fáceis dos traficantes que tem marcado suas presenças, também, nesses locais.
Desde os primeiros anos de vida já é possível perceber o desejo de liberdade desta geração. Criança de tenra idade se impõe na conquista de seus interesses e, para isso, se querem um brinquedo, por exemplo, se jogam no chão e expõem seus pais ao ridículo nos supermercados, nos shoppings e na frente de estranhos. Quando atingem a adolescência o relacionamento se agrava ainda mais e, alguns, tão logo se tornam independentes, decidem morar sozinhos como que não fizessem parte de uma família.
Por conta desse comportamento os laços familiares tão necessários ao desenvolvimento mental, intelectual, social e humano estão ficando mais tênues contribuindo para que a família, aos poucos, venha perdendo a sua importância e se transformando em entidades familiares com as mais diversas formações.
O pátrio poder, atualmente denominado poder familiar, vem se enfraquecendo cada vez mais. Muitos pais alegam que não têm condições de por limites a seus filhos, mesmo àqueles de pouca idade, numa demonstração de que perderam a autoridade paterna e materna.
Aos pais incumbe o dever de sustentar, guardar e educar os filhos preparando-os para a vida de acordo com suas possibilidades. O exercício do poder familiar compete a ambos os cônjuges e, nessa competência a lei lhes confere o direito de exigir dos filhos obediência, respeito e que preste os serviços próprios de sua idade e condição.
O civilista Washington de Barros Monteiro, ao tratar do pátrio poder (atual poder familiar) afirmara: “É inegável que aos pais assiste o direito de lançar mão de meios coercitivos adequados, desde que moderados, para a realização de seu apostolado. Outrora, o pátrio poder representava uma tirania, a tirania do pai sobre o filho; hoje, é uma servidão do pai para tutelar o filho”.
É de responsabilidade do pai e da mãe a imposição de limites a seus filhos como forma de evitar que, sem regramento, se tornem violadores das leis e sujeitos nocivos à sociedade.
A falta de limites concorre para que, com o excesso de liberdade, a criança e o adolescente fiquem sem rumo, sem uma identidade e não encontrem, sozinhos, os caminhos do sucesso profissional, meta almejada por todos.
Os noticiários têm mostrado atitudes extremas de pais que perderam os limites para com seus filhos. Uns denunciam seu próprio filho por crime que cometeu temendo que, por vingança, seja assassinado, preferindo vê-lo no cárcere do que morto. Outros os acorrentam para que não voltem ao convívio de usuários de drogas onde os traficantes impõem suas próprias leis.
Ponham limites em seus filhos enquanto é cedo para que eles não se tornem violadores das leis por não ter aprendido, no lar, as regras básicas de convivência, respeito e autoridade. Busque ajuda, quando necessitar para que , no futuro, não os culpe e não venham se arrepender pela sua própria omissão.
“Ensina a teu filho, os caminhos em que deve andar e mesmo estando velho não se desviará dele. Prov. 22.6.” E não deixe que nenhuma outra autoridade usurpe para si, o direito de puni-los, por teres fracassado em sua missão de pai e de mãe.
