O Instituto do Meio Ambiente (IMA) realiza expedição para verificar a situação do Baixo São Francisco alagoano. Um documento sobre os impactos causados pela baixa vazão de água deverá ser divulgado com os relatos dos ribeirinhos e com resultado de análises feitas em amostras de água coletadas pelo órgão na semana passada.
A ideia da equipe que realizou o trabalho era fazer um levantamento no local. “O objetivo desse trabalho é observar os impactos causados pela redução da vazão de 1300m³/s para 1100m³/s, há pelo menos um ano e meio, e ter mais embasamento nas ações realizadas na região ou poder cobrar mais ações aos órgãos responsáveis, nos fóruns específicos de debate”, comentou Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA.
Além disso, a equipe ainda identificou problemas como a supressão de vegetação e o despejo de esgoto in natura. Um dos resultados mais observados é o aumento do assoreamento, com o aparecimento de diversas ilhas no leito do rio. A baixa vazão do São Francisco, por sua vez, é apontada como a grande causa da redução do pescado, com o desaparecimento de diversas espécies.
Foram feitas 20 coletas em 10 diferentes pontos, sendo 10 em água de superfície e 10 em água de fundo. As amostras foram colhidas principalmente próximo as áreas de captação para abastecimento. Os resultados das análises devem demorar pelo menos uma semana para ficarem prontas.
A equipe do IMA foi formada por oito técnicos e mais três pessoas de apoio. O embarque inicial aconteceu na cidade de Piaçabuçu, na terça-feira dia 26, depois o grupo foi até a região da foz e em seguida voltou para subir o rio. Durante quatro dias, foram feitas diversas paradas em povoados e em locais de descanso dos pescadores para que fossem colhidos os relatos e observados os problemas do local.