Cerca de noventa aves foram apreendidas e devolvidas à natureza
Carne de animais silvestres e aves em cativeiro foram apreendidos na última semana por fiscais do Instituto do Meio Ambiente (IMA) no Sertão alagoano. A ação de fiscalização, que começou na quarta-feira (20), teve uma duração de três dias e atendeu denúncias relativas a crimes ambientais contra a fauna silvestre de Alagoas.
Nos municípios de Pão de Açúcar, Delmiro Gouveia e Mata Grande, cerca de noventa pássaros foram apreendidos e devolvidos à natureza pela equipe durante as ações. Após avaliação clínica, física e comportamental, todos os animais que estavam em boas condições de soltura foram reintroduzidos em seu habitat natural.
No primeiro dia de fiscalização, os técnicos estiveram na Estação Ecológica Curral do Meio e no Refúgio de Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre para avaliação de possíveis locais para solturas de animais silvestres.
Na quinta-feira (21), os fiscais apreenderam 35 pássaros da fauna silvestre em residências particulares do município de Mata Grande. No mesmo dia, em Água Branca, uma cutia e noventa rolinhas mortas foram encontradas dentro de uma caixa térmica transportada por um ônibus com destino a São Paulo.
Segundo Epitácio Correia, veterinário consultor ambiental do IMA, o responsável pelo transporte irregular de carne de animais silvestres foi conduzido a delegacia e recebeu um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). “Recolhemos toda a documentação do responsável, que é de São Paulo, para dar prosseguimento ao TCO”, explicou o veterinário.
Ainda na quinta-feira, onze aves foram apreendidas em Delmiro Gouveia e devolvidas a uma área reservada em Olho D’Água das Flores. Na sexta (23), quarenta e dois pássaros foram apreendidos na cidade de Pão de Açúcar e reintroduzidos na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Mato da Onça.
A ação conjunta entre as gerências de Fauna, Flora e Unidades de Conservação (GEFUC), e de Fiscalização e Monitoramento (GEMFI) do IMA, foi realizada em parceria com o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). “Trabalhamos de forma multidisciplinar e tivemos bons resultados. Por isso pretendemos repetir essa ação pelo menos uma vez por mês”, contou Epitácio.
