Durante dois dias a equipe do Instituto percorreu a área e verificou possíveis irregularidades
Os técnicos da Diretoria de Laboratório do Instituto do Meio Ambiente (IMA) retornaram hoje (03) ao aterro sanitário de Maceió para coletar amostras de água e de resíduos para análise. A ação de fiscalização iniciada ontem (02) também no antigo lixão da capital foi motivada por denúncias enviadas ao órgão sobre possíveis irregularidades. Os resultados devem demorar aproximadamente uma semana para ficar prontos.
Segundo Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA, o aterro de Maceió foi licenciado pela prefeitura e por isso deve ser fiscalizado por ela. Entretanto, o órgão recebeu denúncias e “não poderia se omitir”, comentou. Algumas irregularidades foram encontradas, entre elas problema de drenagem e de cobertura do lixo, além do carreamento de resíduos para áreas inadequadas.
“Entre as situações observadas, há problemas de drenagem da água da chuva e que ocasionou o carreamento de resíduos que podem provocar a contaminação de outras áreas”, disse Adriano.
Ele comentou ainda que haverá um relatório com o resultado da situação encontrada no local e que o mesmo será enviado à Secretaria de Proteção Ao Meio Ambiente (Sempma), Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) e às empresas gestoras. “Nós trabalhamos em parceria com a prefeitura e queremos que o aterro opere de modo correto. Sabemos que em uma estrutura desse tamanho, se houver falhas seguidas, ela pode se transformar em um lixão novamente. Por isso, o resultado dessa fiscalização será partilhado”, comentou.
Além dos técnicos do IMA, participaram da ação: Rafael Wong, secretário municipal de Meio Ambiente, Gustavo Novaes, superintendente de Limpeza Urbana de Maceió, consultores ambientais e outros responsáveis pelas empresas gestoras do aterro, a V2 e a Viva Ambiental.
Ontem, durante a primeira parte da fiscalização, a equipe do laboratório coletou chorume, em um dos poços de transbordo, e água, em dois pontos do Riacho Doce – que passa ao lado do aterro. Hoje foram feitas mais cinco coletas – em poços de água e na lagoa de tratamento do chorume. O material será analisado no IMA, quanto a aspectos microbiológicos e físico-químicos.
Segundo Manuel Messias, diretor de Laboratório do Instituto, é provável que parte das amostras seja enviada para outro laboratório que possa analisar parâmetros previstos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O resultado deve estar pronto em aproximadamente uma semana.
