
Durante fiscalização na mata, equipes puderam verificar várias trilhas deixadas por lenhadores
Uma operação conjunta do Instituto do Meio ambiente (IMA) e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) desarticulou, na manhã desta sexta-feira (12), um acampamento de lenhadores, numa fazenda no município de São Miguel dos Campos, dentro de uma área de Mata Atlântica. A ação, que teve como objetivo coibir o desmatamento de Mata Atlântica e o consequente comércio clandestino de madeira de lei, ainda vistoriou serrarias do município de São Miguel dos Campos.
Cerca de 30 homens, entre militares do BPA, Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e equipe da Diretoria de Monitoramento e Fiscalização (Dimf) do IMA participaram da ação, que começou a ser articulada às 3h30. “A intenção era pegarmos os lenhadores durante o corte da madeira, mas não conseguimos. Em compensação, destruímos um acampamento e apreendemos alguns artefatos dos infratores”, contou Paulo Costa, diretor da Dimf, contando que numa das fazendas um acampamento foi encontrado, ainda com resquícios de utilização recente.
Durante a fiscalização na mata, as equipes puderam verificar várias trilhas deixadas por lenhadores, além de algumas toras de madeira, comprovando o crime ambiental. “Nas duas fazendas que vistoriamos, vimos que a Sinimbu tem o privilégio de ser uma área menos devastada, mas mesmo assim com alguns vestígios de devastação. Já a Pau Brasil apresenta muitos sinais de desmatamento”, falou o Comandante do BPA, tenente-coronel Maxwell Santos.
O diretor-presidente do IMA, Adriano Augusto de Araújo Jorge, salientou a importância da ação. “Este tipo de ação tem uma consequência muito positiva, que é o alerta aos infratores. Eles sabem que estamos fiscalizando e monitorando e prova disso é a regeneração que presenciamos numa das fazendas”, argumentou.
Dando continuidade à ação, equipes do IMA e do BPA visitaram as serrarias sediadas na cidade de São Miguel dos Campos e orientaram os proprietários quanto às implicações da compra ilegal de madeira ilegal sem que haja origem comprovada. “Esta é uma parte importante do nosso trabalho que é, sobretudo, uma ação de educação e sensibilização”, falou Adriano Augusto.