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Alagoas

Iemanjá é festejada nas praias de Alagoas

Filhas de Santo preperam suas oferendas para lançar ao mar

Em todo o Brasil, o dia 08 de dezembro é marcado por diversas festas em comemoração a Iemanjá, orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde ainda existe o rio Yemanja, numa província de língua árabe do Khuzistão, no sudoeste do Irão.

Em Alagoas, estado considerado o paraíso das águas, o orixá é comemorado em todas as praias, onde diversos adeptos do candomblé, além de curiosos e admiradores das práticas realizadas neste dia lotam às margens do atlântico para arremessar ao mar suas oferendas que são recheadas com perfumes, comidas e muitas flores.

Na praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu, centenas de pessoas visitam o local desde as primeiras horas da manhã para participar das cerimônias religiosas que marcam o dia em que Iemanjá também é lembrada por ser no sincretismo, considerada Nossa Senhora da Conceição.

Em Coruripe, município localizado no litoral sul de Alagoas, suas praias ficam completamente lotadas por devotos do orixá que também é considerada a Rainha das Águas. No Pontal do Coruripe, umas das praias mais belas e visitadas do município, pais e filhos de santo promovem um belo espetáculo de fé e devoção, atraindo curiosos e admiradores dos ritos do candomblé.

Sincretismo Religioso

No sincretismo, é a. É a entidade feminina mais importante do candomblé. No simbolismo afro-brasileiro, a divindade é representada como uma mulher de grande ventre e seios volumosos com uma gamela na cabeça. Na Bahia, é representada pela imagem da sereia. A dança de Iemanjá, na cerimônia do candomblé, é solene, cheia de ondulações e graciosidade, semelhante ao movimento das águas do mar.

História

Com as guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros.