O Sistema Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), e com o patrocínio da Braskem, concluiu o estudo denominado Panorama da Indústria da Reciclagem de Plástico em Maceió/AL, realizado junto aos atores sociais e agentes econômicos locais envolvidos na Cadeia Produtiva da Reciclagem do Plástico que atuam na capital.
“A partir desse panorama, teremos subsídios para a elaboração de políticas públicas neste setor tão importante para o meio ambiente, para a geração de emprego e renda e para as nossas empresas”, disse o industrial Wander Lobo, presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea).
O jornalista Milton Pradines, gerente de Relações Institucionais e Marketing da Braskem, que fez a apresentação do estudo para empresários, representantes do setor público e catadores de material reciclável no auditório do Sebrae, no Centro, afirmou que somente com a participação de toda a sociedade Maceió terá um programa de reciclagem bem estruturado.
Segundo ele, o documento vai contribuir para a discussão acerca de outros desafios da cadeia da reciclagem, que são a informalidade dos processos de trabalho e a falta de controle em relação à origem e ao destino da produção. Os dados colhidos pelo IEL e Braskem revelam que, das 33 empresas do setor da química e do plástico em Alagoas, apenas 10 compram material reciclável.
Quanto à realidade dos catadores, eles são na maioria homens, com idade entre 21 e 40 anos e renda abaixo do salário mínimo. O tempo de vida exercido na ocupação da catação de materiais recicláveis apresenta predomínio do período superior a cinco anos, sendo que cerca de 1/3 trabalham na catação de materiais recicláveis há mais de 10 anos. Na capital, existem atualmente quatro cooperativas.
Para os empresários, a dupla taxação é um dos empecilhos na hora da compra de recicláveis. Eles reclamam que pagam imposto na compra da matéria-prima – composta de material que iria para o lixo – além dos impostos já estabelecidos sobre a produção. O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Keylle Lima, disse que a Seplande deverá apresentar, em 30 dias, uma proposta de incentivo à compra de plástico reciclável, aproveitando os benefícios da legislação já existente.
PALESTRA
Dentro da proposta de sensibilização sobre os benefícios socioeconômicos e ambientais da reciclagem, logo após a apresentação do estudo foi promovida a palestra intitulada Consumo Consciente – O Case das Sacolas Plásticas, ministrada pelo presidente do Instituto Plastvida, Miguel Bahiense.
A iniciativa foi da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) de Alagoas – Fiea, Senai, Braskem, Sebrae, Seplande, Sinplast, Adedi e Assedi. Participaram do encontro autoridades como o deputado federal Rui Palmeira, o diretor-presidente do Sebrae/AL, Marcos Vieira, o presidente da Associação das Empresas do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, Gilvan Leite, entre outros.
