A terceira idade traz limitações que podem colocar em risco a vida dos idosos, a queda é uma delas e serve como um alerta de que existe algo errado no ambiente domiciliar, externo ou com o quadro clínico do idoso. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), dados do Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar (Hospub), no ano de 2018, apontam que foram registrados 9.860 vítimas de queda das mais diversas causas. Um fato preocupante é que grande parte das vítimas são idosos com idades entre 60 e 69 anos.
Nos dois primeiros meses desse ano (janeiro e fevereiro de 2019) o Huse já realizou 1.785 atendimentos a vítimas de queda. A aposentada Ana Claúdia Santana, 65, foi uma delas. “Eu tenho que ser honesta e dizer que a culpa foi minha por ter desobedecido a minha filha. Ela me pediu tanto para não fazer as atividades em casa e eu fui lavar a área do quintal com água e sabão. A queda foi inevitável, eu desequilibrei e escorreguei com o balde de água na mão e acabei quebrando o punho. Foi uma agonia grande, mas graças a Deus e aos médicos que encontrei aqui deu tudo certo e estou sendo muito bem tratada”, contou a aposentada.
A dona de casa Cícera Silva, 70, escorregou enquanto estava tomando banho. “Quando passei o shampoo fechei os olhos e me deu uma tontura, eu procurei um lugar para me segurar e acabei segurando no rodo que é leve e não aguentou meu peso. Não deu outra, cai e quase quebro o box de vidro com os pés. O meu joelho está doendo muito, mas, de acordo com os exames, foi só uma luxação. Todo cuidado é pouco com o idoso, principalmente dentro de casa”, explicou.
